Secretaria de Educação oferece atendimento personalizado para professores
Atualmente, 519 educadores, auxiliares de desenvolvimento infantil e equipe de apoio estão afastados da sala de aula por conta de enfermidades
Por Marcos da Silva
Pensando em proporcionar um canal de diálogo e atendimento personalizado aos professores e demais servidores da Rede Municipal de Ensino, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seel), criou a Gerência de Atendimento ao Servidor (GAS). A GAS funciona na sede do Centro de Apoio Pedagógico (CAP), na Ilha do Leite. Lá, uma equipe de apoio com profissionais de diversas áreas como sociologia, psicologia, serviço social e direito, foi preparada para prestar esclarecimentos e mediar situações difíceis.
Atualmente, 519 educadores, auxiliares de desenvolvimento infantil e equipe de apoio estão afastados da sala de aula por conta de enfermidades. Entre as causas mais comuns, em primeiro lugar, estão os casos de saúde mental, como depressão, síndrome do pânico e estresse pós-traumático; em segundo, os problemas ósseo-musculares, como tendinite e reumatismo; em terceiro lugar, as disfunções vocais, entre elas, as disfonias funcionais e orgânico-funcionais.
Para garantir a qualidade de vida dos educadores municipais, a Gerência de Atendimento ao Servidor, da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, criou em 2005, um espaço onde o profissional compartilha o seu problema no ambiente de trabalho, ou problema de saúde. O local chama-se Acompanhamento Funcional de Servidores (AFS).
Os servidores com problemas de saúde mental são acolhidos e ouvidos pelo Acompanhamento da GAS, sendo encaminhados para tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) ou na Associação dos Amigos dos Pacientes de Pânico do Recife (Ampare). Já os casos de doenças ósseo-musculares são encaminhados para os ortopedistas Sistema Único de Saúde (SUS), ou da rede partuticular.
Terceira causa de afastamento de professores de sala de aula, as patologias vocais são mais um dos problemas de saúde que podem afastar um professor da sala de aula. Com o objetivo de mostrar aos profissionais o funcionamento do aparelho respiratório-fonador, a Diretoria de Gestão de Pessoas da Secretaria de Educação criou uma cartilha com dicas das mais importantes sobre o assunto. O material, elaborado pelas fonoaudiólogas Claudia Carvalho e Lorena Rocha, da equipe da Gerência Atendimento ao Servidor, está sendo distribuído aos educadores e educadoras da Rede Municipal de Ensino do Recife.
Junto à cartilha, a Secretaria oferece, também, o Programa Educando com Voz Saudável “Voz é Vida”. A iniciativa ajuda a prevenir problemas vocais, encaminhando possíveis casos para terapia fonoaudiológica. “Um dos tipos mais comuns de disfonia funcional é a rouquidão temporária, causada pelo abuso ou mau uso vocal constante, associado aos hábitos inadequados como o consumo de bebidas quentes ou geladas, o conhecido choque térmico. Já as disfonias orgânico-funcionais são a evolução das disfonias funcionais, como o aparecimento de nódulos ou fendas, espaço entre as pregas vocais”, explica a fonoaudióloga da Seel, Lorena Rocha.
“Logo no primeiro ano de funcionamento da GAS, percebemos a redução nos números de afastamento de professores por conta de disfonias”, ressalta a gerente de Atendimento ao Servidor da Seel, Gicélia Lyra.
Atualmente, 227 professores, auxiliares de desenvolvimento infantil (ADIs) ou equipe de apoio estão em tratamento médico, sendo acompanhados pela Gerência de Atendimento ao Servidor (GAS), sem a necessidade de licenciamento. Estes profissionais saem da sala de aula e são encaminhados para funções técnico-pedagógicas, como coordenadores. Os afastados apresentam laudo do médico assistente e dão entrada no processo, que é homologado por uma junta médica. Por ano, 90 a 100 servidores da Rede Municipal de Ensino passam por readaptações. Conflitos de relacionamento são mediados por uma equipe da Seel com formação em sociologia, psicologia, serviço social e direito.
Serviço:
Atendimento na Gerência de Atendimento ao Servidor
Centro Administrativo Pedagógico (CAP)
Rua Frei Matias Tevis, S/N, Ilha do Leite
Funcionamento das 7h30 às 17h