Conselheiros escolares da Rede Municipal participam do 1º encontro do ano
Pais, alunos, professores, funcionários e representantes de comunidades se reuniram, nesta segunda-feira (9), para trocar experiências e discutir melhorias para a Rede Municipal de Ensino do Recife. O evento abre o ciclo de formações dos conselheiros escolares para o ano de 2015 e tem como objetivo estimular a participação de todos os atores do universo escolar na busca pela otimização da prática e do espaço educativo. O encontro aconteceu no auditório da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Educadores do Recife Professor Paulo Freire, no bairro da Madalena.
A atuação dos Conselhos Escolares é regulamentada por lei, que estabelece a formação, em todas as escolas municipais do Recife, de um grupo composto por representantes dos segmentos da sociedade envolvidos na realidade escolar. São pais, alunos, professores, funcionários e membros da comunidade, que se reúnem periodicamente para tratar de temas de interesse das instituições municipais de ensino e das localidades em que estas estão inseridas. Além das reuniões realizadas nas próprias escolas, os membros dos conselhos também participam de formações bimestrais regionais e de dois encontros coletivos, no começo e no fim do ano, com conselheiros escolares de outras unidades, para troca de informações e apresentação de resultados.
O evento desta segunda deu início aos trabalhos de 2015. A abertura foi marcada por uma apresentação dos alunos do Grupo Teatral da Escola Municipal Izaulina de Castro Silva, localizada em Olinda. Através de uma encenação teatral, os estudantes expuseram as contribuições dos conselhos escolares para escolas e comunidades. Os estudantes foram levados pela coordenadora-executiva dos cursos para conselheiros escolares em Pernambuco, Lyza Gennifer Moreira de Barros, que aproveitou a ocasião para apresentar as políticas públicas voltadas à ampliação e capacitação dos conselheiros. "A partir da conscientização e do entendimento do seu papel, o conselheiro pode atuar melhor na gestão participativa da escola, agindo até como uma espécie de cogestor. Precisamos fazer a unidade de ensino se abrir e dialogar mais", disse.
Durante o encontro, foram apresentados os aspectos legais de sustentação dos conselhos escolares e sua estrutura jurídica. Os palestrantes foram o juiz da 3ª vara da Infância e Juventude, Paulo Brandão, e o coordenador da vara Regional da Infância e Juventude, Geraílton Silva. Ainda foram eleitos os membros dos Conselhos Municipais de Educação e de Alimentação Escolar, e foram narradas algumas experiências de conselhos de unidades de ensino do Recife.
Presente no evento, a vice-diretora da Escola Municipal Doutor Samuel Gonçalves, Maria Lúcia de Souza Pereira, trabalha há mais de 30 anos com conselhos escolares e acredita que a comunidade só tem a ganhar com a presença dos conselheiros. "Posso dizer com propriedade que essa ferramenta funciona e é uma maneira de melhorar o trabalho de todos. Numa escola em que a presença e a atuação do conselho escolar é efetiva, alunos, pais, professores e comunidade só têm a ganhar. É uma troca muito positiva", atesta a vice-gestora.
Mãe de dois alunos matriculados na Rede Municipal, Élida Maria Dantas da Silva também tem visto melhorias depois que passou a fazer parte do conselho escolar. "Antes de me tornar conselheira, não conseguia me comunicar com a escola, dizer o que queria, o que precisava. Agora a comunicação existe e nós ainda conseguimos atrair mais pessoas para ajudar. E não é só dentro da escola. Na comunidade as coisas também começam a acontecer", relata.