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Mulher | 09.03.17 - 20h28

'Desprincesamento' de meninas foi tema de programa de auditório da Rádio Matraquinha no Compaz

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O evento fez parte das atividades em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (Foto: Inaldo Lins/PCR)

 

Desconstrução dos papeis impostos às mulheres e a correção das desigualdades de gênero foram alguns dos pontos levantados, nesta quinta-feira (9), no programa de auditório da Rádio Matraquinha, gravado no Compaz Alto Santa Terezinha, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Com o tema "O Desprincesamento das Meninas",  a atividade contemplou os alunos do 4° ano da escola municipal São João Batista, no bairro do Alto Santa Terezinha. Esta edição do programa, contou com a participação da jornalista e educadora sexual Julieta Jacob. A ação foi promovida pela Secretaria da Mulher do Recife em parceria com a pasta municipal de Segurança Urbana.

"Eu aprendi que as mulheres tem que ser independentes. Aprendi que as mulheres se valorizam, tem direitos, sabem conseguir as coisas. Que não tem isso de coisa de menina e de menino. A mulher pode ser o que ela quiser" , disse a estudante Beatriz Maria, de 11 anos. O programa foi gravado com o estudantes e será transmitido na Rádio Folha de Pernambuco (96,7 FM). Convidada para o programa, a educadora sexual Julieta Jacob, trouxe novas perspectivas para os contos de fada e discutiu com os meninos e meninas papeis de gênero. "É importante corrigir as desigualdades que enfatizam, por exemplo, a fragilidade da mulher e a valentia do homem. Além disso,  a maioria dos contos de fadas acabam em casamento. Será que o casamento é a única possibilidade? Isso precisa ser escolha e não destino", comentou.

Para a diretora da escola, Maria José de Moura, a ação ajuda as crianças a perceberem que não são as cores que determinam as diferenças entre meninos e meninas. "Aos poucos, elas começam a perceber isso", disse. A jornalista Cláudia Bettine, uma das idealizadoras da Rádio, disse que o intuito do programa "Desprincesando as meninas" é trazer outras referências para as meninas. "Não somos contra as princesas, somos contra o princesamento. Falamos das heroínas como Maria Bonita, Frida, Dandara. Precisamos apresentar outras referências", finalizou. A atividade fez parte da programação da Secretaria da Mulher do Recife voltada para as recifenses, no mês de março. Este ano, a pasta municipal homenageia Bárbara de Alencar, heroína da Revolução de 1817.