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Educação | 09.04.16 - 19h41

PCR nomeia os primeiros 50 agentes de apoio ao estudante com deficiência

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Novidade foi anunciada durante o 1º Simpósio sobre Transtorno do Espectro Autista. Profissionais vão acompanhar os alunos com deficiência nas escolas municipais. (Foto:Antônio Tenório/PCR)

 

A Prefeitura do Recife nomeou os primeiros 50 Agentes de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial (AADEEs) aprovados em concurso para a rede municipal de ensino. Os profissionais vão acompanhar os alunos com deficiência durante todo o tempo em que eles estiverem nas escolas. A portaria, assinada pelo prefeito Geraldo Julio, já foi publicada no Diário Oficial, junto com a nomeação de 89 Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs) e 20 Agentes Administrativos Escolares (AAE). 

 

A boa notícia foi anunciada durante o 1º Simpósio sobre Transtorno do Espectro Autista, realizado pela Secretaria de Educação do Recife na tarde desta sexta (8), como encerramento da programação do Movimento Abril Azul, que marca o Mês de Conscientização do Autismo. O simpósio lotou o auditório principal da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Educadores do Recife (Efaer) Professor Paulo Freire, na Madalena, reunindo familiares, professores, estudantes e coordenadores ligados à Educação Especial. 

 

A gerente-geral de Política e Formação Pedagógica, Élia Maçaira, agradeceu a dedicação dos profissionais da Educação Especial. "Já temos experiências brilhantes com as salas de recursos multifuncionais, além de professores fazendo ótimos trabalhos. E estamos tecendo uma política de educação inclusiva que vai garantir um trabalho com cada vez mais dignidade", afirmou. De acordo com ela, a nomeação dos AADEEs concursados é mais um avanço nesse sentido, permitindo a paulatina substituição dos estagiários, que têm alta rotatividade. 

 

De acordo com a Chefe da Divisão de Educação Especial, Lauricéia Tomaz, a programação do Movimento Abril Azul quebrou paradigmas. "O evento teve um saldo extremamente positivo. Foi um movimento de conscientização em relação aos direitos das crianças autistas e rumo a uma proposta pedagógica para eles. Tivemos também grande participação da sociedade civil, incluindo as escolas e faculdades", comemora. 

 

Representante do Núcleo de Tecnologia Assistiva, Adilza Gomes destacou a importância da conscientização sobre os direitos dos autistas. "Eles são cidadãos de fato e de direitos, e precisam estar na escola para participar do processo de aprendizagem, não apenas para interação social", destacou. O presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Paulo Fernando, afirmou que a dificuldade de inclusão acontece em todas as áreas. "Segundo o IBGE, no Recife existem 431 mil pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 28% da população. Precisamos fortalecer a luta para garantir a cidadania e os direitos iguais”, ressalta. 

 

O 1º Simpósio sobre Transtorno do Espectro Autista incluiu também palestras das professoras Elisângela Maria Gomes, especialista em Saúde Mental com ênfase em Transtorno do Desenvolvimento; Ana Cláudia Prazeres, que também é assistente social e especialista em Desenvolvimento Humano, Atendimento Educacional Especializado e Educação Inclusiva; Neuma Silva de Siqueira, que também é psicóloga e especialista em Psicopedagogia e em Atendimento Educacional Especializado; e Ana Paula Andrade de Oliveira, mestra em Educação pela UFPE. 

 

ACOMPANHAMENTO - O cargo de AADEE foi criado através de um projeto de lei de autoria do executivo municipal, para garantir todo o apoio necessário aos alunos com deficiência. Os AADEEs vão acompanhar alunos com deficiência na chegada e na saída da escola, durante as aulas e no intervalos. Eles também auxiliarão os alunos a se locomover e executar as atividades escolares. Os agentes ainda vão auxiliar nas atividades de higiene, troca de roupa e fraldas, além de zelar pela manutenção dos materiais utilizados para alimentação e higiene dos alunos.