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Documento foi disponibilizado para donos de estabelecimentos fazerem o controle das lojas. (Foto: Irandi Souza/PCR)

Conversar, orientar e conscientizar os donos de mercados e supermercados da Capital sobre a importância da auto-inspeção. Este foi o objetivo da Vigilância Sanitária (Visa) do Recife ao reunir cerca de 170 empresários e representantes do comércio de alimentos nesta segunda-feira, 9, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas do Hospital Oswaldo Cruz, em Santo Amaro.

Na reunião, a Visa falou sobre o resultado e a importância da operação de vistoria que está sendo realizada desde fevereiro. Foi apresentado ainda um checklist de auto-inspeção que os estabelecimentos deverão fazer para evitar interdições. A relação estará aberta para consulta dos representantes dos supermercados a partir da terça-feira (10), no site da Prefeitura do Recife.

Com a realização da reunião, a Visa Recife espera que os donos de estabelecimentos comerciais tenham mais atenção às normas sanitárias. “Nós estamos disponibilizando o checklist de auto-inspeção para que cada estabelecimento faça periodicamente essa vistoria. Precisamos da implantação das boas práticas, do compromisso dos gestores, da atuação efetiva dos fiscais e encarregados e da capacitação periódica dos funcionários”, pontuou a gerente da Visa Recife, Adeilza Ferraz.

O encontro, porém, não representa a flexibilização das vistorias. De acordo com Adeilza, as inspeções continuarão. “A fiscalização continuará sendo feita, porque o trabalho da Vigilância é permanente. E como eles (os empresários) já sabem quais são as normas, pedimos a colaboração deles para que regularizem os seus estabelecimentos. Quem descumprir as exigências vai sofrer punições”, completou.

Segundo Adeilza, a lista inclui todos os itens a serem vistoriados no depósito de alimentos, à água utilizada, ao controle de pragas, ao armazenamento de alimentos resfriados e congelados, entre outros. Conforme o documento, todo o fluxo de entrada e saída da mercadoria deve ser acompanhado.

A gerente de Fiscalização do Procon-PE, Solange Ramalho, também apresentou um checklist e pediu aos empresários que observem mais a qualidade dos produtos vendidos. “Os empresários precisam ter mais cuidado com o que vendem e ter mais responsabilidade com os consumidores. Agora, depois de tantas interdições, os donos de supermercados perceberam que precisam atender as normas, que são antigas e têm mais de 20 anos”, disse Solange.

O promotor do Ministério Público de Pernambuco, Maviael Souza, elogiou o trabalho feito pelos órgãos envolvidos na operação e fez um alerta aos comerciantes. “Esse momento é uma pausa para esclarecer, mostrar a necessidade de mudar. Estamos aqui unidos para que possamos exercer a pressão do bem para que isso mude. Ninguém quer ser multado, ser interditado e responder a processos cíveis e criminais. Mas quem não quiser mudar, vai sofrer as punições merecidas e correr ate o risco de quebra”, comentou.

O presidente da Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), Edvaldo dos Santos, falou sobre a disposição do setor em mudar. “Estamos aqui para acertar nesse trabalho, não queremos infringir as leis e as normas. Há um grande investimento sendo feito para atender as normas da Visa, da Adagro, do Procon-PE e Ipem", disse.

Desde fevereiro, dos 28 supermercados vistoriados na ação conjunta, 17 tiveram interdição total e cinco sofreram interdição parcial e outros cinco foram notificados. Um total de 10,653 toneladas de alimentos e produtos impróprios para consumo foram apreendidas nas inspeções.