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Cultura | 09.08.12 - 18h57

Beneficiários do Bolsa Escola assistem documentário sobre o Golpe Militar

Filme “Vou contar para meus filhos” foi visto por aproximadamente 30 convidados

Por Fábio Callado

[caption id="attachment_23938" align="alignleft" width="334"] Filme “Vou contar para meus filhos” foi visto por aproximadamente 30 convidados. Foto: Antônio Tenório[/caption]

O Programa Bolsa Escola Municipal, em ação conjunta com a Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, exibiu, na tarde desta quinta-feira (9), o documentário Vou contar para meus filhos, da cineasta Tuca Siqueira, para aproximadamente 30 beneficiários. O documentário foi mostrado em um dos ônibus da Prefeitura do Recife e relata a história de 24 mulheres de vários Estados do País presas no Recife entre os anos de 1969 e 1979, na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor.

Antes da exibição, umas das coordenadoras das atividades culturais da Diretoria de Apoio Social à Educação, Mônica Aquino, falou para os convidados presentes sobre o filme. “É uma oportunidade para os beneficiários de participar de um debate sobre esse momento da história do Brasil. Com mais essa atividade, a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, por meio da Bolsa Escola Municipal, dá continuidade à política de inclusão sociocultural que é um dos objetivos do Programa”, revelou a coordenadora.

Ao final da sessão, que durou cerca de 30 minutos, a técnica de Segurança Cidadã, Jussara Leite, debateu com a plateia a história das protagonistas do filme e a repressão militar. “Essas mulheres lutaram pela igualdade social e pela democracia numa época de cerceamento da liberdade”, explicou Jussara, acrescentando que “além disso, são mulheres mostrando sua força e sua participação na história do Brasil. Esse documentário além de informar, emociona”.

Flávio de Oliveira Santos (41), um dos beneficiários, pai de Cristine (11), estudante do 4º ano da Escola Municipal Santa Maria  - do Alto José do Pinho (RPA 03) -, assistiu pela primeira vez o documentário e achou muito importante e interessante. Ele, que era criança na época do Golpe Militar, comentou: “aquelas mulheres não eram criminosas, elas protestavam contra o sistema em busca de liberdade”.