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Cultura | 09.08.13 - 16h02

Gaúchas revelam diversidade do olhar na Galeria Janete Costa

[caption id="attachment_37210" align="alignleft" width="408"] Exposição Sincronias, de Ana Norogrando.[/caption]

Exposições individuais simultâneas "Leveza e Tensão" e "Sincronias" inauguram nesta quarta-feira (14)

Duas artistas de Porto Alegre apresentam suas pesquisas imagéticas na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, a partir das 19h da próxima quarta-feira (14). Trata-se das exposições individuais simultâneas de Eleonora Fabre, Leveza e Tensão, e de Ana Norogrando, Sincronias. As mostras ficam abertas ao público até o dia 29 de setembro, e o acesso é livre.

Os trabalhos que fazem parte da exposição Sincronias foram elaborados a partir de filmagens do pôr-do-sol e das águas do rio Guaíba, em Porto Alegre. Representações captadas em diferentes momentos do dia e do ano, na busca incessante de retratar a riqueza de formas e cores de ícones representativos da cidade que, a cada dia, se transforma em depositário do lixo indiscriminado das populações ribeirinhas. No entanto, esta instalação não tem a pretensão de abrir uma discussão, já tão exaurida sobre a preservação do meio ambiente e, tampouco encerrá-la. É um instrumento poético onde Ana Nogrando busca instigar o observador a “ver melhor” o que está a seu redor. Uma abordagem local que é ao mesmo tempo universal.

As águas e o pôr-do-sol, espaços íntimos entre si, são pontos de partida para a exposição – um conjunto disposto e idealizado projetando paisagens em movimento e em sincronia – a cosmicidade das imagens propõe uma apreciação deleitada de paisagens imanentes de nosso dia a dia. Independentemente do espaço geográfico, o trabalho está relacionado com uma interpretação pessoal da natureza - sua visualização e preservação - e tem a água como um elo que estabelece a dialética entre as imagens e seu significado. O elemento água refere-se ao campo uterino e, como tal, gênese de toda a criação e o pôr-do-sol a morte e o renascimento de cada dia e de cada um de nós.

Já o trabalho de Eleonora Fabre, Leveza e Tensão, dirige um novo olhar para objetos que já deixaram sua marca no cotidiano. São peças de uso corriqueiro escolhidas por suas formas puras, limpas, como varetas de sombrinha, rodas de madeira, manequins, cabos de bengala, plástico bolha, que, em suas mãos, passam por mutações que permitem observá-las sob a perspectiva de uma sutil ironia. A artista, à medida em que dispõe os elementos de uma maneira distinta do uso original de cada elemento, subverte sua função inicial. Essa abordagem pode ser observada na roda fixada ao chão, que não pode se dirigir à procura de novos caminhos.

Eleonora procura, através da mutação da luz, dar ênfase à matéria e às formas. Neste trabalho, a cor é usada com parcimônia, enquanto a iluminação é usada para destacar e sinalizar partes, criando sombras que se tornam um elemento próprio à obra.

O horário de visitação da Galeria Janete Costa é de quarta a sexta-feira, das 12h às 20h, e sábados e domingos, das 14h às 20h. Para os grupos que desejarem agendar uma visita, o acesso se dá de quarta a sexta-feira, das 10h às 12h. Informações e agendamentos de grupos devem ser feitos através do e-mail galeriajanetecosta@gmail.com ou do telefone 3355-9832.