17º Festival Internacional de Dança do Recife aposta na interculturalidade
Programação conta com espetáculos das cinco regiões brasileiras e de países como Espanha, França, Holanda, Portugal, Moçambique e Tailândia
[caption id="attachment_27048" align="alignleft" width="334"] Programação contará com espetáculos das cinco regiões brasileiras e de países de mais três continentes. Foto: Divulgação[/caption]Faltam exatamente dez dias para Recife sediar um dos mais esperados e tradicionais eventos da cena artística pernambucana: o Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR), que está na 17ª edição e este ano será marcado pelo conceito da interculturalidade. De 19 a 27 de outubro, teatros, parques e praças serão tomados por renomadas companhias de dança locais, nacionais e internacionais. Os espetáculos terão ingressos a um preço popular de R$ 5,00, além de apresentações gratuitas. Os amantes da dança poderão acompanhar todos os detalhes do evento no site www.festivaldancarecife.com. As novidades também serão postadas no twitter oficial: @festdancarecife e no facebook Festival Internacional de Dança do Recife.
O FIDR é realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e conta com o patrocínio da Petrobrás, Ministério da Cultura e Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, Caixa Econômica Federal e Funarte. Este ano, o evento tem o apoio cultural do Instituto Cervantes, Aliança Francesa, Instituto Francês e Consulado Geral da França para o Nordeste.
Nesta terça-feira (09), a Prefeitura do Recife realizou coletiva de imprensa no Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel para apresentar a programação. Participaram da entrevista coletiva a secretária de Cultura, Simone Figueiredo; o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), André Brasileiro; o coordenador do festival, Arnaldo Siqueira; o gerente de Artes Cênicas, Roberto Lúcio; e a gerente de Dança, Chris Galdino.
Em 2012, a homenageada do evento é a bailarina e coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo, diretora do Grupo Grial. “É uma honra homenagear Maria Paula pelo seu trabalho de pesquisa da dança brasileira, justamente quando o Grial completa 15 anos, e também pela sua atuação como bailarina desde a época do Balé Popular do Recife”, destacou a secretaria Simone Figueiredo.
Durante os nove dias, os principais teatros do Recife - Hermilo Borba Filho, Apolo, Teatro de Santa Isabel, Luiz Mendonça, Arraial, Barreto Junior, além dos parques Dona Lindu e Jaqueira e da Praça do Diario – receberão 37 espetáculos. Ao todo, o Festival congregará mais de quatrocentos artistas, vindos das cinco regiões brasileiras e de países como Espanha, França, Holanda, Portugal, Moçambique e Tailândia. A curadoria do festival é pela segunda edição consecutiva da coreógrafa, pesquisadora e professora paulista Marta César.
O presidente da FFCR, André Brasileiro, lembrou a abrangência do festival que realiza atividades em diversos bairros da cidade. “É importante destacar como nesta gestão avançamos no modelo do festival, que chegou a sua internacionalização. O FIDR não é dedicado somente à classe artística, é um festival que abraça a cidade com ações descentralizadas nas Regiões Político-Administrativas do Recife”, afirmou Brasileiro.
A abertura do festival acontece no dia 19, às 19h30, com a performance Árvores, de Clarice Lima (SP), que se apresenta na esplanada do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, e com o espetáculo As Canções que Você Dançou pra Mim, da Cia. Focus (RJ), às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, também no Parque Dona Lindu.
Formação – Para aqueles que desejam dançar, além de apreciar os espetáculos, o FIDR conta com programação educativa com oficinas, workshops e aulões de dança de salão, popular e de rua, estas promovidas pelo Círculos Populares de Esporte e Lazer. “O objetivo da gente é espalhar a dança pela cidade. É oferecer oportunidade tanto para aqueles que já dançam e querem se aperfeiçoar quanto para as pessoas que desejam simplesmente experimentar a dança”, ressaltou Arnaldo Siqueira.
Outro destaque do evento é programação de Dança Inclusiva, que conta Florescer, projeto de Dança Árabe dirigido por Simone Mahayla com a participação da Cia de Dança Cadências com bailarinas cadeirantes, e o espetáculo O Nada, da Companhia Integrada Multidisciplinar (CIM), de Portugal. A CIM também irá ministrar no dia 24 de outubro o workshop de Dança Inclusiva.
O FIDR também mostrará aos recifenses passos firmes e marcantes de companhias pernambucanas, algumas inéditas como as duas estreias do projeto O Solo do Outro, do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo. As criações inspiradas no centenário de nascimento do dramaturgo pernambucano Nelson Rodrigues são Caixa Preta, da bailarina Marta Guimarães, e Vestido de Noiva com o dançarino Otavio Bastos. Entre os pernambucanos estão ainda In Vitro, da Cia Vias de Dança; Encontro Oposto – Três Movimentos em um Ato, dirigido e coreografado pelo bailarino Ivaldo Mendonça; e O Fio das Miçangas, também do pernambucano Otavio Bastos.
Nos destaques internacionais estão o espetáculo francês Cribles/Wild, da Cia Emmanuelle Huhyn, o solo do franco-tunisiano Selim Ben Safia, e o projeto Madrid Dances in... com companhias espanholas de dança contemporânea. De outros estados brasileiros, estão espetáculos como Kodak, da Cia. Dimenti (BA), Caprichosa voz que vem do pensamento (RJ), com Tato Taborda e Maria Alice Poppe e direção de Aderbal Freire Filho; e das Cia de Dança Palácio das Artes (BH), Iyabá Legba Hei! (SP), Índios.com Cia de Dança (AM) e Ballet do Teatro Guaíra (PR).
Serviço:
17º Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR)
De 19 a 27 de outubro DE 2012
Ingressos: R$ 5,00, além de atividades gratuitas.
Site: www.festivaldancarecife.com.