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Saúde | 10.01.23 - 19h18

Samu Recife alerta pais e responsáveis sobre prevenção de acidentes durante as férias escolares

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Quedas, desidratação e insolação são alguns tipos de ocorrência que podem ser evitadas. (Foto: Iggor Gomes/PCR)

 

No mês de janeiro, período das férias escolares, é comum o aumento de pequenos acidentes com as crianças, como arranhões, quedas, desidratação e insolação. Para prevenir esses eventos, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) da Prefeitura do Recife reforça orientações para os pais ou responsáveis se manterem atentos aos pequenos, além de adotarem algumas medidas de precaução. 

 

De acordo com o diretor médico do Samu Recife, João Paulo Martins, independente do cenário ao qual a criança esteja exposta, os cuidados podem envolver também o uso de equipamentos de proteção. “Ao andar de bicicleta, patins e patinete, por exemplo, é importante orientar sobre o uso de capacetes, joelheiras e cotoveleiras, para minimizar o impacto de possíveis quedas”, alerta o médico, que também chama atenção para os riscos de queda envolvendo altura. 

 

“É comum que, nas quedas com altura, a batida seja na cabeça. Sendo assim, os pais ou responsáveis devem, após o incidente, verificar se existe inchaço, vermelhidão, sangramento e perguntar à criança onde existe dor, sem sugerir o local. Verifique se ela apresenta sonolência e, sendo necessário, chame ajuda do Samu”, complementa. 

 

Em ambientes que tenham água, as precauções precisam ser redobradas e os primeiros socorros ágeis. Em praias, a orientação é nunca deixar a criança sozinha e ficar atento às placas de sinalização do local. Além disso, existem alguns cuidados que devem ser adotados: averiguar se há salva-vidas na região, se a correnteza do mar está própria para o banho ou se tem embarcações por perto. 

 

Já as piscinas, devem ser protegidas por cercas ou cobertas. Outra dica importante é optar por portões com trava, dificultando o acesso da criança à área em momentos em que esteja desacompanhada de um adulto. Na estrutura da piscina, os pais ou responsáveis podem se atentar ao tipo de sugador e se o filtro está desligado na hora do banho. Também é importante estar atento para que os meninos e meninas evitem brincadeiras de prender o fôlego sem supervisão ou pular em lugares rasos. Afogamentos em reservatórios de água também são comuns - portanto, deve-se esvaziar baldes, bacias, cisternas e outros recipientes, além de mantê-los tampados. 

 

“É indicado que crianças sejam incentivadas a aprenderem nadar o quanto antes, para ter mais familiaridade com a água. No entanto, em caso de afogamento, se a vítima estiver inconsciente, deve ser iniciada a ventilação e a compressão cardíaca e acionar imediatamente o Samu, através do 192, após a retirada da criança da água”, orienta João Paulo. 

 

Em caso de acidentes com águas-vivas nas praias, a queimadura acontece pelas toxinas que são liberadas. A orientação do Samu é retirar a vítima da água e lavar a lesão com água do mar e vinagre. Os tentáculos podem ser retirados com palito de picolé e a região deve ser protegida da exposição ao sol. Além disso, deve-se buscar ajuda médica o mais breve possível. 

 

Outro ambiente que merece atenção são os espaços que guardam produtos de limpeza e medicamentos. “Uma alternativa é colocar esses materiais ou medicamentos na parte superior de armários e prateleiras, mesmo os de uso diário. Eles devem ser guardados em seus vasilhames originais e nunca na geladeira ou próximo a alimentos, a fim de evitar ingestão inadvertida. Crianças são naturalmente curiosas e tendem a querer experimentar, principalmente se os produtos forem coloridos e em formato de doces, por exemplo. Em caso de ingestão, não deve ser estimulado vômito ou introdução de líquidos. O responsável deve pegar a embalagem do produto ingerido e levar junto com a criança para um serviço de emergência”, complementa João Paulo. 

 

DADOS - De acordo com o Samu Recife, foram registradas 62 ocorrências de crianças, entre um e nove anos, em janeiro de 2020. No ano seguinte, em 2021, esse número cresceu e chegou a 78 crianças. Em 2022, foram 120 ocorrências envolvendo crianças da mesma faixa etária durante o mês de janeiro.