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Cultura | 10.02.14 - 10h15

Estudantes do Agreste viajam quase 300 km para jogar badminton na Virada Esportiva

Grupo de 25 alunos, sob a orientação do professor Diego Silva, saiu da cidade de Iati, na madrugada deste domingo, para se exercitar no Bairro do Recife

O professor Diego Silva e um grupo de 25 alunos fizeram questão de percorrer os 284 km que separam o Bairro do Recife da cidade de Iati, no Agreste pernambucano, para participar das atividades de badminton na Virada Esportiva, evento que acontece neste final de semana, com 24 horas seguidas de esporte e lazer em vários pontos da capital. Eles conseguiram um ônibus e saíram às 3h da manhã deste domingo (9), chegando à rua Marquês de Olinda por volta das 7h40.

Nem a chuva que caiu sobre o Recife nas primeiras horas do dia atrapalhou os planos dos viajantes. “Estamos em plena seca lá em Iati. A chuva faz parte da brincadeira e é muito bem-vinda para nós. Muitos dos estudantes nunca tinham vindo à capital e dificilmente virão novamente. Conheceram o Marco Zero, o rio Capibaribe, e ficaram impressionados. Foi um sonho”, disse o professor, que dá aulas para 100 estudantes. “Queremos fazer eventos como esse em Iati. Está muito bom”, afirmou. O badminton é um esporte que usa raquetes e petecas de forma semelhante ao tênis.

Perto dali, o técnico em Mecânica Industrial Eudes Barbosa esquentava as baterias para entrar na quadra de basquete de rua, que estava em plena atividade desde a tarde do sábado (8). “O amor pelo esporte é maior do que a chuva”, afirmou, explicando a importância de eventos como a Virada Esportiva. “Vivemos num país limitado a um esporte só, o futebol. Quando se abre o leque, é interessante para as pessoas saberem que têm escolha. Cheguei logo cedo, às 7h, e vou ficar até o final”, prometeu.

Aeróbica do Lar - Nas imediações do Marco Zero e na Praça do Arsenal, a Virada Esportiva incluiu atividades como basquete de rua, patins, badminton, handebol e aeróbica. Vale citar também para o slackline (fita elástica esticada entre dois pontos, onde o praticante anda e faz manobras) e o Sinbol, espécie de sinuca jogada com os pés.

A aposentada Maria Madalena Vasconcelos Ferreira, 51 anos, aproveitou a Virada Esportiva para se exercitar, participando da Caminhada da Boa Idade e da Aeróbica do Lar, atividade especial que utiliza objetos domésticos para que os recifenses aprendam a se exercitar sem precisar sair de casa. “Foi ótimo. Tenho aulas de aeróbica no Geraldão e fiquei sabendo desse evento. É muito importante tirar as pessoas de dentro de suas casas e estimular o esporte”, destacou.