Prefeitura amplia pesquisa sobre as Cadeias Produtivas do Recife
Resultados preliminares foram divulgados durante o Expoidea
[/caption]A Prefeitura do Recife apresentou, na manhã desta quinta-feira (10), os primeiros resultados e o andamento da segunda etapa da pesquisa acerca das Inovações Tecnológicas nas Cadeias Produtivas do complexo de saúde; indústria naval, offshore, petróleo e gás; e logística, assim como dos serviços técnicos especializados com ênfase em engenharia. O estudo, realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Prefeitura do Recife e o Governo de Pernambuco, apresenta dados da realidade socioeconômica e científico-tecnológica do município e sugestões de ações e iniciativas que aumentem a competitividade de cada cadeia. A apresentação aconteceu durante a Expoidea – A feira do futuro, evento realizado no Paço Alfândega.
A mesa redonda contou com a participação do secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, José Bertotti; da representante do CGEE, Liliane Rank; do economista responsável pelo estudo, Sérgio Buarque; do secretário estadual de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Marcelino Granja; e do professor doutor da UFPE, Abraão Sicsú.
“Grandes empreendimentos estruturadores estão aportando em Pernambuco, como o estaleiro em Suape e o pólo farmacoquímico em Goiana, colaborando com o processo de reindustrialização do estado. No entanto, é no Recife, local com forte tradição no setor de serviços, que estão localizados os principais centros de pesquisas, universidades e o pólo de tecnologia da informação. Devido a esse conjunto de infraestrutura da produção do conhecimento, a parte de inteligência desses grandes empreendimentos é desenvolvida na cidade. E o estudo que está sendo elaborado aponta justamente esses setores que podem ser desenvolvidos para que possam se consolidar na cidade”, comentou o secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, José Bertotti.
A representante do CGEE, Liliane Rank, explicou que o trabalho tem como objetivo orientar a gestão municipal para incrementar a economia do município através da inovação científica e tecnológica. “O estudo é um importante instrumento a serviço da população e da gestão pública. Ele serve de base para que sejam traçadas estratégias para superar os desafios que surgem”, comentou o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Marcelino Granja.
Sérgio Buarque, responsável pelo estudo, apresentou o perfil socioeconômico e científico-tecnológico do município. Dentre os dados expostos estiveram os principais desafios relacionados ao crescimento, como a mobilidade urbana. Ilustrando as iniciativas que a gestão pública tem adotado para solucionar esses gargalos, Sérgio Buarque mostrou os projetos que já estão em fase de implantação como o Via Mangue e o Capibaribe Melhor.
O professor Abraão Sicsú comentou sua satisfação com os encaminhamentos dados às sugestões oriundas da pesquisa inicial. “Todas as recomendações propostas estão sendo implantadas na cidade e Região Metropolitana. Dentre elas a expansão do Porto Digital e a consolidação do núcleo gestor do Parque Tecnológico de Pernambuco (ParqTel)”, comentou o professor.
Baseada no estudo que abordou as cadeias produtivas da Economia criativa; Eletroeletrônicos; e Fármacos, a Prefeitura do Recife sancionou a Lei nº 17.762, que trata da expansão territorial do Porto Digital, um dos maiores parques de tecnologia da informação e indústria criativa do Brasil, e do benefício fiscal para as empresas que atuam com Economia Criativa. Dessa forma, a gestão municipal estimula o surgimento de novas empresas desses setores. A lei ainda tem por finalidade incentivar o nascimento de empresas jovens, incubadas ou não, com inserção na nova economia, constituindo o Polo da Indústria Criativa. A primeira etapa da pesquisa consistiu na identificação das principais cadeias produtivas com potencial de crescimento no município, além da análise aprofundada de três das principais cadeias produtivas. Os resultados foram apresentados em um seminário realizado no mês de outubro de 2011.