Secretaria de Meio Ambiente

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Meio Ambiente | 10.06.21 - 13h31

Secretaria de Meio Ambiente e Jardim Botânico do Recife eliminam uso de copos descartáveis

A iniciativa faz parte do programa Eco Recife que pretende zerar o consumo de material plástico descartável no serviço público

 

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS) e o Jardim Botânico do Recife (JBR) estão colocando em prática as iniciativas do programa Eco Recife, que  pretende zerar o consumo de material plástico descartável no serviço público municipal. Ambos os órgãos eliminaram o uso de copos descartáveis nas suas dependências. A decisão é uma forma de preservar o meio ambiente e de diminuir a produção de resíduos sólidos.  Com a medida, anualmente, 20 mil copos deixarão de ser jogados no lixo, em média.  O material também deixa de ser oferecido aos visitantes dos locais, que serão orientados a levarem o próprio copo.

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Carlos Ribeiro, reforça que a adesão à iniciativa é uma mudança cultural que impactará no meio ambiente e na vida das pessoas. “Essa ação parece pequena, mas possui impacto transformador gigantesco. Se considerarmos que, no período de oito horas, uma pessoa usa, em média, quatro copos descartáveis, estamos promovendo uma importante contribuição na redução de resíduos circulando no meio ambiente todos os dias. Na SMAS, a adesão aconteceu aos poucos. Hoje, nossos colaboradores não utilizam mais copos descartáveis e, agora, queremos sensibilizar os visitantes com essa prática. Esperamos que essa ideia não fique limitada apenas à SMAS”, comentou.

A vida útil de um copo plástico descartável é de 13 segundos, mas leva gerações para se decompor na natureza – até 450 anos, dependendo da espessura e da composição do material. Pode-se dizer que o copinho que jogamos no lixo hoje ainda estará lá quando nossos tataranetos forem velhinhos. Durante o processo de fabricação, cada copo, que é usado uma única vez por tão pouco tempo, consome 3 litros de água. Só no Brasil,  de acordo com a Associação Brasileira de Limpeza Pública, são consumidos, diariamente, 720 milhões de copos descartáveis - o equivalente a uma pilha de 54.040 km/dia, 14 mil km a mais que a circunferência da Terra. Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que mais de oito milhões de toneladas de plásticos chegam aos oceanos todo ano.

Sobre o programa Eco Recife

A Prefeitura do Recife lançou, na abertura da Semana do Meio Ambiente, o programa Eco Recife, que pretende zerar o consumo de material plástico descartável no serviço público municipal, além de estabelecer ações de eficiência energética e redução de consumo de água, estabelecendo uma política de baixo carbono a partir do exemplo do poder público. No decreto está estabelecida a proibição de compra de material plástico descartável já de imediato para o edifício-sede da Prefeitura do Recife, onde circulam cerca de cinco mil pessoas por dia, na média registrada antes da pandemia. Além disso, o programa estabelece que devem ser estudadas e tomadas as medidas  para estender à prática para as demais unidades do serviço público municipal e também sejam feitas articulações com outros entes da esfera pública e iniciativa privada para que adotem a ideia. Além de zerar o consumo de plástico, o Eco Recife estabelece também que serão tomadas medidas de eficiência energética nas unidades do serviço público municipal, sendo o primeiro grande piloto, a usina fotovoltaica instalada no Hospital da Mulher do Recife com 725 placas, numa parceria da Prefeitura com a Celpe e o ICLEI. O Eco Recife também tem o objetivo de reduzir sensivelmente o consumo de água no serviço público municipal. Uma das iniciativas será a instalação de válvulas que controlam a pressão de saída de água, o que pode reduzir em até 30% o consumo, gerando economia aos cofres públicos e colaborando com o meio ambiente. Além disso, será elaborado todos os anos um inventário de emissão dos gases do edifício-sede da Prefeitura do Recife, estabelecendo quais ações deverão ser tomadas para mitigar as emissões.