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| 10.11.11 - 14h50

Teste da Orelhinha é implantado nas maternidades do Recife

Exame será oferecido gratuitamente na Rede Municipal a partir desta sexta-feira (11) e todos os recém-nascidos serão beneficiados

Por Tádzio Estevam

A partir desta sexta-feira (11) todos os recém-nascidos nas três maternidades do Recife (Professor Barros Lima, Arnaldo Marques e Bandeira Filho) serão beneficiados por mais um serviço inovador da Secretaria de Saúde: o teste da orelhinha. O anúncio da iniciativa – que será oferecida gratuitamente à população -, será feito pelo secretário Gustavo Couto, na maternidade Bandeira Filho, localizada no bairro de Afogados, a partir das 9h.

Por meio da Triagem Auditiva Neonatal (teste da orelhinha) será possível identificar nas primeiras horas de vida do bebê algum tipo de perda auditiva congênita e/ou adquirida no período neonatal. O teste é simples, realizado por um fonoaudiólogo por meio de um estímulo acústico na orelha do recém-nascido. A avaliação é rápida, dura cerca de dez minutos, além de ser indolor. Caso haja resposta ao estímulo, a audição do bebê em 90% dos casos é considerada normal. Quando houver alguma alteração o bebê será encaminhado ao otorrino da rede municipal para ser submetido a novos exames. Nesses casos, as crianças serão monitoradas pelas equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) que serão responsáveis pela construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS) de cada uma. Aquelas crianças com diagnóstico de perda auditiva serão encaminhadas para os serviços de referência estadual.

O teste da orelhinha irá beneficiar uma média de 700 crianças que nascem nas maternidades municipais por mês. Ele começou a ser feito no final do mês de junho nas três unidades e foi passando por ajustes técnicos e burocráticos. Mesmo assim, uma média de quatro mil crianças já foram beneficiadas pelo exame.

A perda auditiva é um dos problemas sensoriais congênitos mais frequentes entre os recém-nascidos, tendo como indicadores de risco antecedentes familiares, má formação craniofacial, intervenções em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus e herpes), uso de medicamentos, infecção urinária e doenças neurodegenerativas. O diagnóstico precoce para detectar esta perda o quanto antes se torna imprescindível, principalmente antes dos seis meses de vida para que a linguagem não seja prejudicada.