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Para marcar o Novembro Roxo, mês de prevenção e sensibilização da prematuridade, o Hospital da Mulher do Recife (HMR) Dra. Mercês Pontes Cunha da Prefeitura do Recife, no Curado, realizará uma programação especial para mães de bebês que nasceram no limite da viabilidade da sobrevivência (oficialmente antes da mulher completar 37 semanas de gestação). A partir desta sexta-feira (11) e até o próximo dia 30, haverá uma série de atividades internas sobre o tema para troca de experiência e aprendizados mútuos. 

Nesta sexta-feira (11) e nas duas próximas (18 e 25), às 14h, haverá um encontro com pais de recém-nascidos prematuros internados na unidade neonatal. Já nas próximas quarta-feiras (16 e 23), às 15h30, será feita uma roda de conversa com mulheres que estão hospedadas na Casa das Mães. O objetivo dos encontros é tirar dúvidas, orientar, acalmar e criar vínculo entre os familiares e profissionais de saúde, para que possam atuar conjuntamente em benefício do bebê. 

Na próxima quinta-feira (17), às 10h, será realizada uma webpalestra em alusão ao Dia Mundial da Prematuridade. O evento é voltado para profissionais de saúde e pais com recém-nascidos internados na ala neonatal do HMR. No dia 30, às 10h, será feito o encerramento do Novembro Roxo na UCI Canguru da unidade hospitalar.

A dona de casa Daiane Oliveira tem seis filhos, incluindo, Laura, prematura internada há 21 dias na UTI Neonatal do HMR. “Ser mãe de prematura é como se eu fosse mãe pela primeira vez. Fiz planos para minha filha que tiveram que ser adiados. Por isso, essa conversa com a equipe faz toda diferença, porque derruba mitos e me acalma”, revela a moradora do bairro de Tejipió, na Zona Oeste da capital. 

O HMR conta com um Complexo Neonatal formado por equipes multidisciplinares de especialistas na área, como médicos, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos e outros profissionais. Na ala da maternidade, o trabalho é feito em duas frentes principais: Unidade Neonatal e Enfermaria de Gestação de Alto Risco, que recebe mulheres grávidas. 

O objetivo é o de tentar estabilizar a condição clínica da mulher e manter a gestação pelo maior tempo possível, de forma segura para a mãe e o bebê, como forma de diminuir o impacto da prematuridade. O bebê que não completa o desenvolvimento na etapa gestacional pode ter complicações, por exemplo, para respirar, regular a própria temperatura e se alimentar.

A maior parte das grávidas internadas é por doenças hipertensivas da gravidez como pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional e hipertensão crônica. O setor, que possui 21 leitos, trabalha com uma equipe multiprofissional e monitoramento 24 horas.

Já a Unidade Neonatal, que também é dotada de uma equipe multiprofissional, presta assistência aos bebês prematuros. Este setor abrange a UTI neonatal (10 leitos), UCI convencional (15 leitos) e UCI Canguru (12 leitos). O objetivo desta área é garantir a sobrevivência e, depois, um bom desenvolvimento do prematuro. 

Como apoio ao serviço, o Hospital da Mulher do Recife também conta com a Casa das Mães, onde ficam hospedadas as mães que já receberam alta hospitalar, mas cujos filhos ainda precisam da assistência de uma equipe de saúde. “Para o prematuro, cujo desenvolvimento intrauterino foi interrompido, a comunicação com a mãe é fundamental. E a linguagem pode vir não somente da fala, como também do toque, do cheiro, do olhar amoroso”, afirma a fonoaudióloga do HMR, Nádia Garcia. 

Unidade da Prefeitura do Recife, o Hospital da Mulher está sob administração do HCP Gestão, organização social de saúde do Hospital de Câncer de Pernambuco.