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Saúde | 10.12.15 - 18h23

Recife Participa entra no combate ao Aedes aegypti

Fórum realizado na Linha do Tiro abriu o ciclo que seguirá pelas próximas semanas tratando do problema com a Secretaria de Saúde em todos os Distritos Sanitários

O Recife Participa entrou de vez no combate ao mosquito Aedes aegypti. O modelo de Participação Social da Prefeitura do Recife vai reunir o Fórum Microrregional semanalmente para tratar de ações, esclarecer dúvidas e ouvir as sugestões e informações da população de todos os bairros e comunidades do Recife acerca do problema. A ação compõe o Plano de Emergencial de Enfrentamento ao Aedes aegypti. O primeiro encontro foi na noite desta quarta-feira (10), na Linha do Tiro, com a presença do secretário de Saúde, Jaílson Correia e toda a equipe da Secretaria de Saúde do Recife e reuniu mais de 100 moradores do Distrito Sanitário II.

Depois de assistir a um vídeo do prefeito, que pede a colaboração de todos os recifenses na luta contra o mosquito, o secretário de saúde, Jailson Correia, falou sobre a situação da cidade e detalhou as ações que vêm sendo realizadas pela Vigilância Ambiental, Atenção à Saúde e Educação em Saúde. De acordo com Jailson, a Secretaria trabalha com três frentes de batalha. “A primeira é o combate ao transmissor, a segunda é a comunicação e a terceira é o conhecimento. Isso quer dizer que as pessoas, além de evitar e eliminar os criadouros em casa, devem buscar informações oficiais sobre o que está acontecendo”, disse.

O gerente do Distrito Sanitário II, Romero Nogueira, explicou que, embora o índice de infestação do mosquito seja o menor dos últimos oito anos, o trabalho de Vigilância continua sendo feito permanentemente. “O ideal é que estejamos com esse índice até 1,0, e, atualmente, estamos em alerta, com 1,2. Mas isso não quer dizer que devemos relaxar, porque a época crítica é o início do ano, e isso exige atenção de todos nós”, afirmou. Até outubro deste ano foram realizadas mais de 1,6 milhão visitas domiciliares dos agentes de saúde ambiental e controle de endemias.

Durante a apresentação, Romero também abordou a diferença entre a dengue, chikungunya e zika, todas transmitidas pelo Aedes aegypti. Os moradores tiraram dúvidas sobre a microcefalia – uma anomalia que pode ser causada pela infecção do vírus Zika durante a gestação, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, até 1º de dezembro, foram feitas 1.248 notificações de bebês com microcefalia no Brasil. Deste número, 646 estão em Pernambuco. No Recife, são 115 casos.

Moradora da Linha do Tiro, Suely da Costa aproveitou o momento para convidar a população da área para um mutirão que ela está organizando na comunidade no próximo dia 18, a partir das 10h. O secretário de Saúde ressaltou a importância de ações espontâneas da sociedade como as organizadas por Suely. "Esta é um problema que precisa da ajuda de todos para ser superado", concluiu.