Resultado da primeira etapa do Maria da Penha vai à Escola será apresentado nesta terça (12)
Após balanço, estudantes do 2° e 3° ano farão uma apresentação de teatro com enfoque na igualdade de gênero
Nesta terça-feira (12), às 14h, será divulgado, na unidade escolar municipal Alda Romeu, no bairro da Água Fria, o resultado da primeira etapa da ação Maria da Penha vai à Escola: Construindo a Igualdade. No evento será apresentado um balanço das oficinas lúdico-pedagógicas e um teatro sobre igualdade de gênero e fim do preconceito. A atividade foi promovida pela Secretaria da Mulher do Recife em parceria com a Educação e contará com a participação da secretária da mulher, Sílvia Cordeiro, e a da coordenadora do projeto, Socorro Bento.
Nesta primeira etapa, mais de 800 alunos foram beneficiados e 16 escolas municipais foram contempladas com oficinas e contação de histórias sobre relações de gênero e a aplicação da Lei Maria da Penha. Em cada local de ensino, foram realizados três encontros com educadoras sociais. O Maria da Penha vai à Escola foi lançado no mês de maio e realizou 48 oficinas nas unidades escolares. Em cada local de ensino, houve uma atividade resultante do que foi aprendido: cordel, teatro, livro, desenho, vídeo e música. Até o final de dezembro, serão 67 colégios que participarão do projeto.
De acordo com Socorro, o projeto visa a mudança de comportamento de crianças que serão pais e mães no futuro, além de uma iniciativa de prevenção à violência. "Realizamos atividades como teatro, contação de histórias e desenhos. O conteúdo tratava de igualdade de gênero, Lei Maria da Penha e enfrentamento à violência. Em algumas escolas, aumentamos a faixa etária dos alunos a pedido das diretoras e diretores, uma vez que eles consideraram o projeto muito importante. Começamos a construir conteúdos com as crianças, com a realidade do cotidiano, como é em casa, na casa do vizinho, que tipo de violência enfrentam", comentou.
No colégio Alda Romeu, os estudantes do 5° ano realizarão uma apresentação de teatro para os pais e a comunidade escolar. Segundo a coordenadora da unidade, Auzenita Marques, o projeto foi válido porque causou um maior esclarecimento quanto aos direitos da mulher e a violência de gênero. "Os casos de violência estão mais esclarecidos na televisão, hoje em dia. Mas, o projeto reforçou com os alunos esse debate, principalmente aqui no bairro em que temos diversos casos que os estudantes nos trazem", disse. Auzenita ainda comentou que nunca houveram atividades de prevenção nas escolas e que é de fundamental importância a continuação das ações.
Já na segunda etapa da ação, que terá início no segundo semestre, estão previstos circuitos de diálogos, reuniões avaliativas e oficinas temáticas com professores, gestão escolar e pessoal de apoio. Segundo a secretária da Mulher do Recife, Sílvia Cordeiro, a participação dos pais também é fundamental no processo para que o tema seja discutido em todas as esferas. “Ao final, haverá uma reunião com os pais e mães, para mostrar os resultados da ação. Além disto, iremos fazer palestras com a perspectiva de difundir conhecimento sobre os instrumentos de enfrentamento à violência de gênero e proteção da mulher, com enfoque na Lei Maria da Penha. Precisamos abranger os filhos, os pais, toda a sociedade nas ações de prevenção à violência contra a mulher”, disse.