NOTÍCIAS

| 12.02.15 - 16h31

Bloco Me Segura Senão eu Caio reúne alegria e inclusão social

O Me segura Senão Eu Caio, integrado por pessoas com deficiência física, além de amigos e familiares já tem os seus foliões fiéis. (Foto: Inaldo Lins/ PCR)

“Este é o carnaval mais inclusivo do mundo!”. As palavras de André Damião da Silva, presidente do Me Segura Senão eu Caio, não escondia a alegria de estar realizando a 10ª edição do Bloco, que na tarde de ontem (11) saiu da Praça da Torre, seguindo pelas Ruas Dom Manoel da Costa, José Bonifácio, Av. Conde de Irajá, retornando à Praça, no bairro da Torre. A alegria começou na concentração ao som das marchinhas de carnaval, do maracatu e, durante a abertura, uma grande ciranda, onde todos eram bem-vindos

O Me segura Senão Eu Caio, integrado por pessoas com deficiência física, além de amigos e familiares já tem os seus foliões fiéis . Entre eles está a massoterapeuta Maria de Lourdes dos Santos, que desfila no bloco há oito anos. “O grupo dá um recado à sociedade: que cada um de nós faz a diferença e tem a capacidade de se superar”, conta Zu, como é conhecida.

Com o apoio das secretarias municipais de Saúde, Cultura, Direitos Humanos e de Desenvolvimento Social, segundo o presidente, a organização, planeja o desfile durante todo o ano, procurando apoio dos órgãos privados e públicos “O Me segura senão eu caio garante a integração das pessoas com deficiência na folia, além da interação com os familiares e com a comunidade”, conta André Damião.

A principal novidade neste ano foi uma ala só para as crianças, organizada pelo Instituto Arthur Vinicius, uma ONG que cuida de crianças com Mielomeningocele – uma má formação congênita da coluna vertebral. Segundo Sandra Nóbrega, funcionária do Instituto, o bloco é uma oportunidade para promover diversão às crianças. “Aqui é muito bom porque eles têm livre acesso e podem brincar com segurança e todo mundo respeita um ao outro”, explica Sandra.

Ações educativas de saúde foram feitas durante a concentração e o desfile. Profissionais de saúde distribuíram preservativos e tiraram dúvidas dos foliões. “Essas atividades educativas são importantes porque muitos têm dúvida, principalmente em relação ao preservativo feminino, que muitas pessoas não sabem como usar”, conta a gerente de Política da Pessoa com Deficiência, Flávia Farias.

O Rei Momo e a Rainha do Carnaval também marcaram presença, “É a primeira vez que venho para o bloco e fiquei encantado com a vontade que eles têm de brincar o carnaval”, conta Henrique Marinho, o Rei Momo. A Rainha, Ruanna Oliveira, já conhecia o bloco. “Fui professora de dança dos meninos da APABB (Associação de Pais e Amigos das Pessoas com Deficiência do Banco do Brasil). Amo trocar essa energia com eles e só o carnaval promove esse momento que é muito satisfatório”, falou Ruanna.