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Saúde | 12.04.20 - 11h09

Secretaria de Saúde do Recife reforça orientações para prevenção das arboviroses

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Vigilância Ambiental sugere que as pessoas aproveitem que estão mais em casa para eliminar os focos de Aedes aegypti nas resdiências, onde estão mais de 80% dos focos (Foto: Ikamahã/Arquivo Sesau)

 

Em tempos de pandemia de covid-19, as atenções de todos estão inteiramente voltadas aos cuidados para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus, mas a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife alerta que a população não pode deixar de tomar cuidado também para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chinkungunya e zika. A Vigilância Ambiental do Recife sugere que as pessoas aproveitem que estão mais em casa por causa do momento de distanciamento social para evitar a proliferação do coronavírus para eliminar os focos de mosquito em suas casas, já que mais de 80% dos focos são encontrados dentro das residências.

De acordo com o Ministério da Saúde, sete estados brasileiros apresentam quantidade de dengue em patamar de epidemia, com mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes, como por exemplo São Paulo, Distrito Federal e Paraná. Este último concentra 158 mil dos 484 casos de dengue registrados no País. Já no Recife, até o fim de março, houve redução de 42,7% dos casos de arboviroses notificados e 58% dos casos confirmados, na comparação ao mesmo período de 2019, mas ainda assim é importante não se descuidar. 

Em 2020, foram notificados 508 casos de arboviroses na capital pernambucana, sendo 419 casos de dengue, 82 de chikungunya e sete de zika. Dessas notificações, foram confirmados 138 casos de dengue e 17 de chikungunya. Os bairros do Recife onde mais se registraram casos de arboviroses forram Ibura, Imbiribeira, Torrões, Areias e Ilha Joana Bezerra.

De acordo com esses estudos que identificam os locais de maior incidência de focos do Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde do Recife fornece telas de proteção para caixas e reservatórios d’água. Essa é uma das atividades da rotina dos 700 Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) do Recife, que todos os dias realizam visitas domiciliares para fazer aplicação de larvicida biológico, quando necessário, e dar orientações sobre como evitar a proliferação dos mosquitos.

Os Asaces também passaram a utilizar, durante as visitas às residências, o aplicativo Saúde Ambiental Digital, pelo qual registram, em tempo real, os números e outras informações das vistorias. Para isso, os profissionais receberam smartphones. No mês de outubro, o aplicativo usado pela Prefeitura do Recife para mapear focos do Aedes aegypti, informatizando o trabalho dos Asaces, foi um dos premiados no 47º Seminário Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação para Gestão Pública, em Brasília.

Além da atuação diária dos Asaces em todas as áreas da cidade, a Sesau adota diversas estratégias para controle do Aedes aegypti, como a técnica de soltura de mosquitos estéreis no ambiente, por terra e por drone, para reduzir a reprodução do inseto e, com isso, controlar a população do mosquito transmissor das arboviroses. Outras técnicas usadas pela Sesau Recife são as ovitrampas (armadilhas para monitorar a infestação do mosquito), as Estações Disseminadoras de Larvicidas (técnica em que o próprio mosquito espalha o larvicida para outros focos) e as Brigadas Contra o Mosquito, que tenta engajar no controle do Aedes diversas instituições públicas e privadas da cidade.

Denúncias de possíveis focos de mosquito podem ser feitas, primeiramente, na Ouvidoria do SUS, através do telefone 0800.281.1520, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

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