NOTÍCIAS

Categorização dos serviços de alimentação classificou 155 estabelecimentos no Recife. (Foto: Irandi Souza/PCR)

Uma equipe de 30 inspetores da Vigilância Sanitária (Visa) do Recife, ligada à Secretaria de Saúde do Recife, iniciou nesta quinta-feira, 12, a aplicação dos selos que dão a nota aos serviços de alimentação que participaram do projeto piloto de Categorização dos Restaurantes. A ação, que encerra amanhã, foi realizada em 61 estabelecimentos alimentícios localizados na rota turística, nos bairros do Recife, Santo Amaro, Pina, Brasília Teimosa e Boa Viagem, incluindo os situados das praças de alimentação dos shoppings Paço Alfândega, Tacaruna, Recife e Rio Mar.

Na Capital pernambucana, dos 155 pontos comerciais categorizados, somente 14% (22 lojas) foram classificados como “tipo A”. Outros 39.8% (61) receberam avaliação “B”, enquanto a parcela de lojas “C” atingiu a marca de 29,5% (46). Os *pendentes somaram 16,7% (26). O trabalho é resultado final de um projeto piloto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para monitorar a qualidade e as condições sanitárias dos serviços.

De acordo com a chefe do Setor de Controle de Alimentos e Produtos da Visa Recife, Geise Belo, o projeto foi importante para a criação de um perfil sanitário dos estabelecimentos. “É a primeira vez que fazemos esse trabalho de classificação e, ao longo do projeto, vimos um grande empenho dos restaurantes em melhorar para obter uma categoria melhor”, disse.

Dos 155 estabelecimentos, segundo Geise, foram observadas melhorias em 105. “É ótimo ver as mudanças, mas mesmo assim percebemos que ainda não há uma consciência sanitária. É algo que precisa ser trabalhado no setor”, destacou. Foram reprovados pela Visa Recife restaurantes como Cordel, Vila Vecchia, Casa D’Itália, e Gelattos.

O proprietário do restaurante Paço Real, Carlos Melo, considerou a medida muito positiva. “A classificação A só valoriza ainda mais o nosso trabalho e é fundamental porque mostra ao consumidor como o nosso trabalho está bem avaliado. É importante dizer que o consumidor não deixe de ir aos restaurantes com classificação B ou C”, disse.

Para avaliar os serviços de alimentação, no Recife, foram utilizados critérios como estrutura; higienização; controle de vetores e pragas urbanas; manipuladores; matéria-prima, ingredientes e embalagens; preparação do alimento; armazenamento, transporte e exposição do alimento preparado; responsabilidade, documentação e registro.

Dentre os itens eliminatórios estão o uso exclusivo de água potável para a manipulação de alimentos, as instalações abastecidas de água corrente e as conexões com rede de esgoto ou fossa séptica. Os estabelecimentos que não apresentaram as qualidades sanitárias necessárias não receberão notas e podem sofrer punições, que vai de uma notificação até uma interdição.

A categorização tem como objetivo melhorar o perfil sanitário dos estabelecimentos com a conscientização do cidadão e da responsabilidade do setor regulado pela garantia do cumprimento de regras definidas pela Vigilância Sanitária (Visa). O projeto foi aplicado em 11 Cidades-sede, com exceção de Salvador, com base em experiências bem sucedidas de cidades como Los Angeles, Nova Iorque e Londres.

Em todo o País, 2.075 estabelecimentos foram avaliados e 1876 foram classificados, dos quais 179 localizados nos aeroportos. Destes, 38% receberam nota A. A categorização foi realizada nas 11 cidades-sede (com exceção de Salvador) e nas cidades de Cabo de Santo Agostinho (PE); Caruaru (PE); Gravatá (PE); Ipojuca (PE); Jaboatão Dos Guararapes (PE); Olinda (PE); de Mata de São João (BA); João Pessoa (PB); Búzios (RJ); Parnamirim (RN); São Miguel do Gostoso (RN); Tibau do Sul (RN); Gramado (RS); Pelotas (RS) e Barueri (SP).

 

*Estabelecimentos classificados como Pendente são aqueles que, no ato da inspeção, não atingiram a pontuação mínima para serem categorizados. Nesse caso, serão adotadas medidas fiscais para adequação dos mesmos.