Plano de enfrentamento à Dengue e Chikungunya destaca co-responsabilidade da população no combate ao Aedes Aegypti
O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, chamou atenção da população para o combate ao mosquito Aedes Aegypti. O alerta foi feito na tarde desta terça-feira (11), durante apresentação do Plano de Contingência e Enfrentamento à Dengue e Chikungunya 2014-2015, que aconteceu no auditório Capiba, no 15º andar do edifício-sede da Prefeitura do Recife.
De acordo com o secretário de Saúde, os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti devem ser constantes, tanto pelas autoridades como pela população. “Nós temos responsabilidade pelas ações, que hoje acontecem de forma integrada entre os órgãos municipais, mas cada morador na sua residência também precisa fazer a parte dela, visto que 80% das larvas são encontradas nos domicílios”, disse Jailson.
Dados da Vigilância Ambiental apontam que a Zona Norte é a região com maior risco de infestação pelo Aedes Aegypti – transmissor da Dengue e da Chikungunya. De janeiro até agora, foram confirmados 490 casos de dengue no Recife – o que representa uma queda de 59,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Apenas 1 caso de Chikungunya foi confirmado até agora. O paciente veio da África e apresentou os sintomas quando estava no Ceará.
Segundo a gerente de Vigilância Epidemiológica do Recife, Natalia Barros, o caso é tratado como nível 0 de atuação do plano, que caracteriza notificação de casos importados. “Para cada nível de resposta temos ações a serem desenvolvidas pelas Vigilâncias Ambiental e Epidemiológica e Atenção à Saúde”, explicou Natalia.
Na estratégia de enfrentamento, inclui-se o trabalho de quase 1000 (mil) Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) em todos os Distritos Sanitários e cartilhas com orientação de prevenção. “Em dezembro, vamos intensificar as ações de campo para combater o vetor e eliminar os focos, como distribuição de mais 25 mil telas de proteção para caixas d’água, totalizando 95 mil desde janeiro, e recolhimento de pneus, bem como treinamento com profissionais da rede de saúde”, disse o gerente de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses, Jurandir Almeida.
Chikungunya – De acordo com a gerente de Políticas Estratégicas de Atenção à Saúde, Zelma Pessoa, os sintomas da doença são semelhantes aos da Dengue. “Quando a pessoa tem Chikungunya as dores não são musculares, e sim articulares, que são mais intensas nas extremidades”, explicou. Ainda segundo ela, a rede municipal está preparada para fazer o reconhecimento precoce de caso suspeito. Crianças menores de 2 anos, idosos e gestantes fazem parte do grupo de risco.