NOTÍCIAS

Cultura | 12.12.12 - 20h06

Documentário sobre a ditadura no Brasil é exibido para beneficiários do Bolsa Escola

Após a sessão, beneficiários participaram de uma conversa com a diretora do filme, que também acompanhou a exibição

Por Fábio Callado

[caption id="attachment_29525" align="alignleft" width="334"] Após a sessão, beneficiários participaram de uma conversa com a diretora do filme, que também acompanhou a exibição. Foto: Inaldo Menezes[/caption]

Cerca de 60 pais e mães - beneficiários do programa Bolsa Escola - tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre um período sombrio do País. O grupo assistiu ao documentário Vou contar para meus filho, da cineasta Tuca Siqueira, que apresenta uma história sobre 24 mulheres presas durante a Ditadura Militar.

A exibição da película ocorreu no Auditório Capiba, na sede da Prefeitura, e teve como convidada a responsável pelo filme. Antes da exibição, a diretora da Dase, Tereza Sato, falou com os presentes e reforçou a importância da presença deles ao encontro. “Além do benefício, de meio ou um salário mínimo, o Programa proporciona aos beneficiários várias atividades de lazer e conhecimento como idas ao teatro; aulas de Educação Ambiental; visitas a museus; acesso aos cursos profissionalizantes e de alfabetização, promovidos pelo Município, visando a inclusão social dessas famílias”, frisou.

Depois da fala da diretora, os beneficiários, que são ligados às escolas Professor Antônio de Brito Alves (Mustardinha) e do Jordão, no bairro de mesmo nome – conferiram o filme. Vou contar para meus filhos, conta, por aproximadamente 30 minutos, a história de 24 mulheres, sendo três in memorian, presas na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, localizada no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife, no período de 1969 a 1979. Elas ficaram presas na capital pernambucana por lutarem pelo fim do período militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985.

Após a sessão, a emoção e a participação de vários beneficiários chamou a atenção. Vários pontos foram levantados por quem estava presente. A diretora Tuca Siqueira conversou com os beneficiários e revelou curiosidades sobre as gravações. Segundo ela, a ideia do título foi de um dos diretores de fotografia, poisseria uma forma da história nunca morrer. Tuca também falou que a gravação do filme durou três dias e o processo de finalização, sete meses.

A dona de casa Rosiane Venâncio de Barros, 34, assistiu pela primeira vez ao documentário e elogiou bastante. “O filme é muito interessante. Uma história muito verdadeira. Elas sofreram muito, tem muitas histórias para contar e se orgulham disso. Essas mulheres são o que são hoje graças ao que fizeram no passado”, disse a mãe de Emily, 14.

A exibição do documentário Vou contar para os meus filhos faz parte de uma parceria conjunta entre a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seel), por meio da Diretoria de Apoio Social à Educação (Dase), responsável pela gestão do Programa Bolsa Escola Municipal e a Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã (SDHSH).