260 homens do Exército começam a ser capacitados para apoiar no controle à dengue no Recife
Duzentos e sessenta homens do Exército estão sendo capacitados, até a próxima sexta-feira (15), para atuar lado a lado, a partir da próxima segunda-feira (18), com os agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces), no controle do mosquito transmissor da dengue. O trabalho inclui visitação a domicílios, estabelecimentos comerciais e imóveis desocupados.
Inicialmente, a parceria entre o Exército e a Secretaria de Saúde do Recife, que disponibiliza soldados e sargentos, terá duração de 30 dias, para ajudar na força-tarefa, para eliminação e controle do Aedes aegypti no Recife. Cento e cinquenta homens estarão direto nas ruas e outros 110 estarão disponíveis para revezamento das equipes. A capacitação, iniciada hoje pela manhã, no 4º Batalhão de Comunicação (BCOM), no Totó, abordou noções teóricas sobre o controle vetorial, com o objetivo de preparar os novos parceiros para irem a campo.
Medidas de prevenção para evitar a proliferação do mosquito, tais como a vedação de caixas d’água e cuidados com as calhas, tonéis, cisternas, vasos e vasilhames, fazem parte das orientações que estão sendo abordadas nos treinamentos. Uma apresentação sobre os sintomas da dengue e o ciclo de vida do Aedes aegypti, também está inserida no conteúdo, além de orientações sobre o preenchimento dos boletins com dados dos moradores e as medidas adequadas para que haja eficácia dos tratamentos nas residências. Os participantes têm ainda a visualização de larvas vivas e ovos para que conheçam a realidade que vão encontrar nas ruas.
A coordenadora do Centro de Vigilância Ambiental do Recife, Vânia Nunes, explica que as ações estão sendo ampliadas e intensificadas dia a dia, e, com essa ajuda do Exército, há um reforço na disseminação dos trabalhos. “São quase 1.000 agentes que somados aos soldados e sargentos do exército vão dar um reforço nesses 30 dias às atividades porta a porta, esclarecendo que os focos podem estar em qualquer ambiente e ainda, que ninguém está imune de pegar a doença”, declarou.
De acordo com o comandante do 4º Batalhão de Comunicações, Mauricio Vieira Gama, aprender adequadamente e ser um agente multiplicador já é um resultado positivo para que cada componente possa auxiliar na luta contra esse mosquito. “Quando se está ao lado do combate o comprometimento é maior, aumenta a responsabilidade e o cuidado”, afirmou o comandante.
Sargento Anderson Felix, 25 anos, ficou surpreso em saber que pequenos objetos podem virar criadouros para o mosquito da dengue. “Agora que conheço sobre essa doença vou ser um fiscal, seja no trabalho, em casa ou aonde eu for visitar”, relatou. Animado com a nova atividade que vai desempenhar nos próximos dias, o soldado Mateus Gomes de Andrade, 18 anos, falou que desconhecia o tamanho da gravidade desse problema e que vai se empenhar para eliminar o vetor. “Posso e vou ajudar, tentando conscientizar as pessoas para que todos contribuam com os cuidados em suas casas”, comentou.