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Durante o período carnavalesco, a rotina da cidade é diferenciada. O centro do Recife é tomado por foliões que são, em sua maioria, pedestres, enquanto as áreas descentralizadas ficam com menor número de veículos, o que para os maus condutores pode parecer um convite para o excesso de velocidade. Pensando no deslocamento diferenciado das pessoas, a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) elencou algumas orientações para os condutores evitarem ocorrências com vítimas.

As orientações são, principalmente, para os condutores que não estiverem nos principais polos da folia, no centro do Recife. Em 2019, a CTTU registrou 24 sinistros de trânsito com vítimas durante o período carnavalesco, sendo 66% em áreas descentralizadas. Já em 2020, foram registrados 20 sinistros de trânsito com vítimas, sendo 95% nas áreas descentralizadas.

“O nosso efetivo de agentes de trânsito monta uma grande operação de segurança viária para isolar o bairro do Recife, que é onde está a maioria das pessoas e com grande número de pedestres. Mas é importante que os condutores que estejam nas demais áreas não entendam as ruas mais vazias como um convite ao desrespeito às leis de trânsito como o excesso de velocidade ou a direção sob efeito de álcool porque é importante que todos cheguem em casa com saúde”, destaca a presidente da CTTU, Taciana Ferreira.

Direção sob efeito de álcool é risco para condutores, passageiros e pessoas no entorno

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de colisões aumenta exponencialmente com a concentração de álcool no sangue porque o álcool reduz a atenção e interfere na coordenação motora, altera a percepção de profundidade e, ainda, pode causar visão embaçada. A direção sob efeito de álcool é considerada infração gravíssima com penalidade de multa de R$ 2.934,70 e recolhimento do direito de dirigir.

Excesso de velocidade é o principal fator de sinistros de trânsito

A OMS também alerta que a velocidade excessiva é o principal fator de risco que mais causa sinistros de trânsito, responsável por uma em cada três mortes por acidentes de trânsito em todo o mundo. A OMS avalia que a velocidade elevada provoca um efeito de afunilamento no campo visual do condutor, o que prejudica a percepção de pedestres e outros obstáculos nas ruas. Sem conseguir uma clara imagem do que está ao seu redor, o motorista aumenta a insegurança. Um estudo realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) analisa que, em caso de um atropelamento a 80 km/h, os danos causados ao corpo humano seriam equivalentes a despencar do 9° andar de um prédio, praticamente anulando as chances de a vítima escapar com vida. Já se o veículo estiver a 50km/h, as chances de sobrevivência seriam maiores, similares a uma queda do 4° andar, diminuindo a gravidade e a letalidade do impacto.

Uso de celular ao volante é um risco porque distrai os motoristas

O uso do celular é uma das principais distrações ao volante e um fator de risco para causar sinistros de trânsito porque tira a atenção do condutor e, com isso, diminui o tempo de reação necessário na direção. A direção utilizando o telefone celular é considerada uma infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) porque coloca em risco a vida das pessoas.

Agentes de trânsito estarão com o efetivo reforçado em toda a cidade durante o período carnavalesco para evitar o desrespeito às leis de trânsito e garantir a segurança viária. Entretanto, é essencial que os condutores se conscientizem com condutas responsáveis de respeito a todas as pessoas.