Conversas de Quintal discutem racismo no Recife
A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Especial da Mulher, realizou, na tarde desta quarta-feira (14), encontro para discutir o racismo com mulheres da Associação Flor do
[caption id="attachment_14787" align="alignleft" width="334" caption="Conversas de Quintal tratam exclusivamente da mulher negra. Foto: Inaldo Lins"]
Campo, da Comunidade do Inferninho, em Jardim São Paulo, Região Político-Administrativa (RPA) 5. O evento é uma ação para potencializar o dia 21 de março, data em que se comemora o combate ao racismo. Chamadas de Conversas de Quintal, as atividades, realizadas em parceria com a ONG Observatório Negro, percorrerão as seis RPAs da cidade.
As Conversas de Quintal tratam exclusivamente da mulher negra, e, durante os encontros, são abordadas as questões da identidade da mulher negra, sua ancestralidade e resistência. A secretária Especial da Mulher, Rejane Pereira, foi a primeira a falar às presentes. “Estamos preparando a política para as mulheres negras e é em função do combate ao racismo que estamos nas ruas”, declarou. Ainda segundo a gestora, a proposta é que, quando as oficinas acabarem, um material seja produzido mostrando toda a experiência das oficinas.
“Nosso objetivo é trazer à tona a questão da identidade racial das mulheres negras, sempre querendo trazer a valorização da mulher, e que não aconteça a negação da identidade racial. Independente de estarmos trabalhando na periferia, é uma questão que vai além da realidade social”, assegurou a gerente temática da Secretaria da Mulher, Alzenide Simões.
Segundo a conselheira gestora adjunta do Observatório Negro, Ana Paula Maravalho, durante a Conversa foi tratada a participação das mulheres na experiência de gestão de governo; trabalhado, também, como o racismo é visto nas mulheres negras dentro das associações e comunidades; e como elas fazem o enfrentamento contra o racismo, visando, sempre, trazer as mulheres para o âmbito do debate.
Para a presidente da Associação de Mulheres Flor do Campo, Jorgeli Belarmino de Lima, as mulheres da comunidade precisam de orientação. “Estamos adorando esse momento que é tão importante para todas, pois elas precisam saber como se defender”, afirmou.