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Cultura | 14.09.12 - 18h10

Estudantes da Escola Sítio do Berardo promovem a 3ª edição do Festival de Cultura Afroindígena

[caption id="attachment_26114" align="alignleft" width="334"] Alunos de 4 a 7 anos dançaram, cantaram e interpretaram histórias africanas e indígenas. Foto: José Alves[/caption]

Nesta sexta-feira (14), cerca de 140 estudantes da Escola Municipal Sítio do Berardo, na Madalena, vivenciaram a cultura afroindígena, por meio do III Festival de Cultura Afroindígena Brasileira. O evento, já tradicional da unidade de ensino, junta atividades culturais como forma de mostrar aos educandos a existência de outras culturas e a importância de respeitar cada uma delas. Alunos de 4 a 7 anos dançaram, cantaram e interpretaram histórias africanas e indígenas.

"Os estudantes entram em contato com culturas de povos distintos e que fizeram parte da formação cultural do brasileiro através de várias linguagens como a dança e a música. Conhecem os diferentes povos, redescobrem sua história e isso ensina o respeito às diferenças", ressalta uma das mentoras do Festival, a educadora Mônica de Oliveira, do 1º ano do Ensino Fundamental.

Durante um mês, os educadores trabalharam em sala de aula, a cultura africana. No mês seguinte foi debatido em classe a cultura indígena, com os estudantes da Educação Infantil e do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental. Os alunos e professores também fizeram excursões ao Museu da Abolição, no bairro da Madalena. Na 1ª edição do Festival, em 2010, o tema central foi a cultura nordestina. Na 2ª edição, em 2011, foi a vez da cultura brasileira.

A apresentação começou com a professora Mônica de Oliveira narrando a história da formação do povo brasileiro. Caracterizados com chocalhos na mão, os pequenos de 4 anos, da Educação Infantil dançaram o toré, uma típica dança de roda indígena. Depois, os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental recitaram O moleque, do poeta Solano Trindade. A lenda indígena da sereia Iara também foi encenada por um grupo de 5 anos, da Educação Infantil, com as meninas vestidinhas de sereia.

As lendas africanas não foram esquecidas - duas sereias africanas, Quiana e Quicimbe - se apresentaram para o público presente, após a encenação de uma dança tribal. Finalizando a apresentação do turno da manhã, todos os alunos dançaram a música indígena Tu tu tupi e o ritmo africano kuduro. Uma exposição com trabalhos produzidos pelos alunos, com máscaras africanas, colares indígenas e desenhos das culturas pode ser conferido no pátio da escola. À tarde, os educandos também participaram do Festival com apresentações da cultura afroindígena.

"Ver o brilho dessas crianças se apresentando é o mais gratificante. Elas são as nossas estrelas. Este Festival é um trabalho de resgate à diversidade da cultura afroindígena, através das mais variadas linguagens artísticas", ressalta a emocionada dirigente da Escola Municipal Sítio do Berardo, Alda Gomes.