Processo de diagnóstico do autismo é tema de debate em Saúde Mental
Os critérios abordados na vistoria clínica, para o diagnóstico de autismo, foram discutidos, hoje (13), no Auditório do Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas. O debate fez parte do evento “Diálogos em Saúde: Reflexão sobre teoria e prática”, da Gerência de Saúde Mental, da Secretaria de Saúde do Recife, que promove a socialização dos resultados vinculados às pesquisas realizadas na rede de Saúde do município.
O trabalho “O diagnóstico do Autismo. Impasses e Desafios na transmissão à família” teve como objetivo estudar o processo no diagnóstico de crianças com indícios de autismo realizado no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi) Zaldo Rocha, localizado na Encruzilhada, considerando a maneira como é feito, a conclusão do diagnóstico, bem como a transmissão e as possíveis repercussões na família.
Para a mestra em psicologia clínica e autora da pesquisa, Rebeka de Paula Gomes da Silva, a tese surgiu a partir das dúvidas de pais e familiares acerca da doença. “Diante dos conflitos de opiniões durante o diagnóstico do autismo, pude encontrar no CAPSi profissionais empenhados nos estudos, para diminuir as dúvidas dos familiares”, explicou Rebeka. De acordo com ela, a construção do diagnóstico deve ser feita levando em consideração a singularidade de cada paciente.
Para a Gerente de Atenção à Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Recife, Telma Melo, a escolha do assunto é de extrema importância para o avanço no diagnóstico e tratamento. “O autismo é um dos transtornos mais graves que a política municipal vem tratando. Estamos na constante busca do fortalecimento à assistência nessa área, principalmente na linha abordada, que é a infanto-juvenil", afirmou Telma.