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Cultura | 15.06.12 - 15h47

Estudantes da Costa Porto tiram segundo lugar na Femact Rio+20

A proposta do trabalho é associar a geometria plana com a espacial e mostrar que aprender matemática não se limita a decorar conceitos

O projeto Desvendando o delicioso mundo da geometria, desenvolvido por estudantes da Escola Municipal Professor José da Costa Porto, da comunidade do Coque, garantiu ao Estado de Pernambuco o segundo lugar na Categoria Divulgação Científica, na Feira do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (FEMACTRio+20). O evento foi promovido pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (MASP), nos dias 12 e 13 de junho, no Rio de Janeiro (RJ). De volta ao Recife, os vice-campeões foram recebidos pela comunidade escolar, na sede da Costa Porto, nesta sexta-feira (15), e também pela secretária de Educação, Esporte e Lazer em exercício, Irenice Bezarra.

A proposta do trabalho é associar a geometria plana com a espacial e mostrar que aprender matemática não se limita a decorar conceitos, e sim resolver problemas da vida cotidiana através da intuição matemática. “Foi legal mudar a realidade da aula de matemática, pois a disciplina não é feita só no quadro escolar”, explica Alessandro dos Anjos, 13 anos, que, junto a Vinicius Santos, 12 – ambos cursando o 7º ano –, desenvolveu o projeto sob a orientação da professora Maria Luiza A. da Silva.

O trabalho dos garotos utiliza jujubas coloridas e palitos. Com o material, eles ensinam a fazer poliedros – figuras geométricas. As jujubas são os vértices e os palitos, as arestas. Elementos tão simples que levaram os dois a viajar para a Cidade Maravilhosa e participar de um grande evento que foi, inclusive, prestigiado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp. “Até desafiamos o ministro a fazer um icosaedro (poliedro de 20 faces), mas ele despistou e disse que ia visitar outros stands”, brinca Vinícius, que tem como disciplina predileta a matemática.

A professora Maria Luiza A. da Silva foi a grande idealizadora do projeto. “Levamos 100 kg de jujubas para o Rio. Tudo surgiu em casa, onde sempre tem jujuba”, afirma. Segundo Maria, o projeto possui três etapas: fazer poliedros a partir de material comestível; um icosaedro de mais de quatro metros, com cano e cordão; e, em seguida, vamos observar a natureza para enxergar  matemática na vida das abelhas. “Os favos de mel são poliedros regulares. Podemos explorar vários conceitos matemáticos a partir disso, como ângulos e polígonos, por exemplo”, enfatiza.

A secretária de Educação em exercício escutou atentamente as explicações técnicas sobre o trabalho desenvolvido pela equipe e até arriscou construir um poliedro. “Estou muito orgulhosa de vocês. Quero que me ensinem a fazer figuras mais difíceis. Parabéns!”, disse Irenice aos garotos.