Drag queens encantam o público na Virada Multicultural do Recife
Luxo e coreografias agradaram o público que lotou a quadra da Escola Jordão Emerenciano, no Ibura
A primeira noite da Virada Multicultural do Recife – Conexão Nordeste – trouxe um show de luxo e criatividade à quadra da Escola Jordão Emerenciano, na comunidade da UR-2, no Ibura. Por volta das 20h, desta sexta-feira (14), quatro famosas drag queens do bairro subiram ao palco para mostrar ao público seus talentos.
Madre Calypso, de 21 anos, teve a missão de abrir o quadro com uma performance da banda Calypso. Veterana nos palcos descentralizados, criados pela Prefeitura do Recife, para abrigar todos os ritmos e tribos, a artista levantou gritos da plateia e agradou pelo figurino e desempenho.
Em seguida, Lara Acioly, 18, mostrou o que classifica de transformismo e drag music. “Há um ano e três meses, faço shows em boates e saunas gays. Mesmo assim, ainda fico nervosa antes de subir ao palco”, falou. Laríssia Blum, 23, inspirou-se em uma onça para criar o modelito que usou em sua performance. Em um mês, a maquiadora profissional criou o número que apresentou.
Para encerrar o show de transformismo, Kyria Saimon, de 23 anos, também maquiadora, entrou em cena para deixar sua marca. Acostumada a se apresentar em polos descentralizados do Ibura, Kyria foi eleita a Rainha da Diversidade em 2008 e 2009. “Há seis anos, faço shows em boates da cidade”, revelou.
A dona de casa Nara Santos, de 65 anos, elogiou a iniciativa da Prefeitura do Recife de levar lazer e entretenimento ao bairro onde mora. Sobre as drags esclareceu: “elas são maravilhosas. As roupas e coreografias são demais”, disse.
Cinema – Oito filmes de curtas e médias metragens abriram a noite da Virada Multicultural do Recife, no Polo Ibura. Foram eles: Téo e sua turma em: O menino que não gostava de tomar banho (PE); a ficção Metafísica (PB), dirigida por Eduardo Gomes e Duder Rodrigues; Ave Sangria – Sons, gaitas, violões e pés (PE), animação de Thiago Barros, Rayane Uchôa e Rebeca Venice; Mulheres mangabeiras (SE), documentário de Rita Simone; Júlia e o Porco, ficção de Fernanda Mateus; Fátima (CE), animação de Jeferson Amaguchi; O homem que ri (PE), ficção de Lucas Mariz e a A cura (RN), documentário de Rodrigo Sena.