Educação engajada no combate à corrupção
Nesta quinta-feira (14), Dia do Ministério Público, a Escola Pedro Augusto, na Soledade, recebeu a visita do procurador-geral de Justiça do MPPE, Francisco Dirceu Barros. O motivo da visita foi o lançamento da ação institucional Educação Contra a Corrupção, esforço empreendido pela entidade em escolas de todo o estado para conscientizar os pernambucanos desde cedo sobre o potencial destrutivo que a corrupção exerce sobre o cotidiano da população.
As ações da iniciativa Educação Contra a Corrupção foram desencadeadas em dezenas de municípios pernambucanos e, em todas eles, promotores de Justiça conversaram com estudantes de escolas públicas, de 7 a 12 anos, explicando como a corrupção influencia no dia a dia do povo e como pequenas práticas que muitos consideram “normais” são, na verdade, delitos ou ações reprováveis do ponto de vista ético. As visitas devem ser repetidas ao longo do próximo ano letivo.
Na Escola Municipal Pedro Augusto, cerca de 40 estudantes tiveram a chance de conversar com o procurador Francisco Dirceu Barros, que contou com o auxílio do coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Defesa do Direito à Educação (Caop Educação), Sérgio Souto. Também esteve presente o secretário municipal de Educação, Alexandre Rebêlo.
“Quando fazemos as coisas certas, as pessoas costumam nos chamar de otários. Temos que ter orgulho de dizer: 'Eu não sou otário, sou honesto'”, disse Francisco Dirceu Barros. “Coisas como essas que vem acontecendo são a prova de que há uma cultura já na cabeça das pessoas. Queremos que vocês aprendam que, para ser honesto nas coisas grandes, é preciso ser honesto nas coisas pequenas”, completou o procurador-geral de Justiça.
Para Josenide Freitas, gestora da Escola Pedro Augusto, que tem 415 estudantes em tempo integral, crianças dessa faixa etária já sabem distinguir o que é certo e o que é errado. “Nossos estudantes são muito críticos”, afirmou ela. A opinião da gestora é comprovada na fala do estudante do 6º ano Thierry Tavares, 11 anos: “Esses recursos que são desviados poderiam servir para melhorar as escolas, a saúde”.