Prefeitura inicia restauração da única torre para dirigíveis do mundo
A única torre de atracação de dirigíveis (Zeppelin e Hindenburg), localizada no Jiquiá, passará por uma restauração. A ordem de serviço para início dos trabalhos foi dada hoje (16) pelo prefeito João da Costa. A recuperação da “Torre do Zeppelin” seguirá os critérios do projeto original arquitetônico. A iniciativa também vai contemplar a recuperação dos paióis construídos durante a II Guerra Mundial (situados na área que abrigará o Parque).
A Torre integrará o futuro Parque Científico e Cultural do Jiquiá, localizado a apenas cinco quilômetros do Marco Zero do Recife. Lá serão instalados também Planetário; Relógio do Sol; Museu de Ciências; Memorial do Zeppelin; Escola de Educação Ambiental do Recife; Memorial dos Cientistas Notáveis; Casa Brasil; Herbário; Viveiro de Mudas de Plantas; Centro Vocacional Tecnológico da Indústria Criativa; e Refinaria Multicultural.
Além disso, uma pesquisa arqueológica será desenvolvida na área onde está situada a torre, por meio do Departamento de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco. Os objetos encontrados durante a prospecção farão parte do acervo do Museu do Zeppelin, equipamento que fará parte do Parque Científico e Cultural do Jiquiá, localizado na zona oeste da cidade e que entrará em fase de elaboração de projeto.
O recurso destinado para esta obra é de R$ 5,7 milhões, vindo do Governo Federal. A contrapartida da Prefeitura, neste caso, será a realização de curso de qualificação profissional na área de restauro para 25 jovens da comunidade situada no entorno do Parque e que estarão envolvidos no projeto de restauração da torre. As aulas serão ministradas por Jobson Figueiredo, responsável pelas restaurações, nos próprios equipamentos que passarão por restauro.
A PoliConsult, empresa selecionada por licitação, será a responsável pelos traços do futuro parque. O recurso destinado ao projeto será no valor de R$ 1,3 milhão proveniente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife. O prazo para a entrega dos projetos é de seis meses.“O Parque Científico e Cultural do Jiquiá vai atuar em três áreas distintas. A primeira é dentro do conjunto de ações de sustentabilidade para tornar o Recife uma cidade ambientalmente saudável, que proporcione lazer e permitia a convivência qualificada da população em áreas verdes com atividades focadas na temática do espaço. A segunda é que ele será um parque temático na área da ciência e tecnologia.
Instalado em uma área próxima a bairros populares, o espaço contará com a instalação de equipamentos com vocação científica inéditos no município, como um planetário, uma escola de economia criativa e um museu de ciências, voltado para inclusão científica da população do Recife. E a terceira é a constituição de um patrimônio, que é um parque de importância internacional por abrigar uma Torre de atracação do Zeppelin. Isso demonstra, em um só tempo, a importância que o município sempre deu a tecnologia e a capacidade de atrair empreendimentos inovadores, desde a época da colonização, com a implantação do primeiro observatório de astronomia das Américas, e a torre de atracação, que na década de 1930, foi uma das mais avançadas na área de transporte aéreo do mundo e que, a última unidade, permanece no Recife”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Recife, José Bertotti.
O secretário acrescentou, ainda, que esse equipamento vai permitir a realização de atividades culturais e de lazer em uma área diferente dos tradicionais espaços da cidade, como a zona sul da cidade, a exemplo da praia de Boa Viagem, e a zona central, com o Bairro do Recife. O Parque do Jiquiá será uma terceira área qualificada no ponto de vista ambiental, moderno e que vai atrair turistas e a população local.