Encontro discute realidade socioeconômica das mulheres negras do Recife
[/caption]Apesar de todo desenvolvimento econômico as mulheres negras continuam tendo rendimentos menores e condições de trabalhos mais frágeis em relação a homens e mulheres brancos. Esse foi o ponto principal do estudo apresentado pela economista Milena Prado no ciclo anual de palestras do Fórum de Gênero do Recife, realizado nesta terça (15), na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). O evento foi coordenado pela Secretaria Especial da Mulher do Recife e o Comitê Gestor de Gênero da Unicap, em parceria com o Conselho Municipal da Mulher e o Fórum Temático da Mulher do Orçamento Participativo.
O objetivo do encontro foi a troca de conhecimentos com a comunidade acadêmica na busca pela construção de uma sociedade mais igualitária. A secretária Especial da Mulher, Rejane Pereira, adiantou que a proposta é ter cada vez mais subsídios para a formatação de uma política pública que contemple a situação fragilizada da mulher negra. “Baseada na troca de saberes entre as representantes do fórum do Orçamento Participativo e as pesquisas acadêmicas vamos construir políticas de trabalho para este público a serem implementadas já no próximo ano”, explicou a secretária.
Segundo o estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), através do convênio com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico a baixa condição de empregabilidade das mulheres negras é fruto de uma hierarquia social fundamentada durante séculos e que só será mudada com uma mudança cultural de toda a sociedade. “Políticas públicas igualitárias são um passo importante mas é fundamental que haja uma compreensão da sociedade que homens e mulheres, brancos e negros ou de qualquer outra raça são iguais e merecem acesso igualitário a educação, formação profissional e condições de ascenção social”, afirmou Milena Prado.
O Fórum de Gênero do Recife terá mais três encontros até o final deste ano.
Programação:
06 de junho – das 18h às 21h
Tráfico de mulheres, desenvolvimento econômico e a Copa do Mundo
13 de setembro – das 18h às 21h
O olhar acadêmico para o curso de economia doméstica
29 de novembro – das 18h às 21h
Violência urbana e a vulnerabilidade das mulheres nas periferias