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Defesa Civil | 16.06.17 - 12h15

Defesa Civil constata que danos em cano de drenagem causaram o deslizamento em Dois Unidos

Emlurb já realizou o reparo da tubulação e famílias estão recebendo todo apoio da Prefeitura do Recife

 

Passados pouco mais de 15 dias do deslizamento da barreira localizada na Rua Córrego Leôncio Rodrigues, em Dois Unidos, a Divisão de Engenharia da Secretaria Executiva da Defesa Civil do Recife concluiu o Parecer Técnico sobre o ocorrido. O documento aponta como causa principal a obstrução da tubulação de drenagem, danificada por um incêndio em um terreno baldio localizado na parte superior do terreno. O deslizamento de grande porte atingiu diretamente os imóveis de Nº 161, 161-B e 161-C

A tubulação existente é responsável por conduzir as águas das chuvas do alto da escadaria para uma canaleta com dissipador até a parte baixa da localidade. Com os danos causados pelo incêndio, a tubulação foi danificada e as águas pluviais foram desviadas da canaleta diretamente para a encosta.

Na semana passada, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) substituiu a tubulação danificada na barreira. Foram recolocados 32 metros de tubo para a ligação do sistema de drenagem no local, além do reparo nas tampas das caixas de drenagem da área. Desde o ocorrido, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos está prestando toda a assistência as famílias atingida. A Secretaria faz o acompanhamento continuo no local e concedeu auxílio-funeral, ajudou na retirada da segunda via da documentação, distribuiu cestas básicas e providenciou transporte para buscar doações. Até o fim de julho, as famílias receberão da Prefeitura do Recife um benefício eventual de R$ 1.500.

Devido a possibilidade de novos deslizamentos, foi recomendado que os imóveis da Rua Divisópolis, números 235 e 236; Rua Vila Flor, Nº 121 e Rua Córrego Leôncio Rodrigues, Nº 161-A, fossem imediatamente desocupados. Os imóveis atingidos diretamente pelo deslizamento com desabamento parcial e os do entorno do sinistro estão localizados na área da encosta que sofreu ação humana e deslizamento de grande porte, necessitando de tratamento e drenagem para estabilização, sendo um setor de alta vulnerabilidade.

No último monitoramento realizado no mês de abril pela Defesa Civil, a área apresentava estabilidade, ou seja, quando mantidas as condições existentes é reduzida a possibilidade de ocorrências de eventos destrutivos no período de chuvas intensas e prolongadas. Após o deslizamento, o grau de risco do setor evoluiu de Médio para Muito Alto (R4). A área era constantemente monitorada pela equipe técnica e a barreira estava coberta com lona plástica (Colocada 30 dias antes do acidente), material que tem a função impermeabilizante, protegendo de deslizamentos. Nesse setor não existia registro de deslizamentos anteriores.

É importante registrar que do dia 30 para 31 de maio, foi registrado um índice pluviométrico de 106,6mm. Desse volume, uma precipitação de 80mm aconteceu em um intervalo de 04 horas.

Logo após o acidente, a Prefeitura do Recife deslocou profissionais da Defesa Civil, Secretaria de Governo e Participação Social, Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude e Políticas sobre Drogas, Saúde, Emlurb e Guarda Municipal. A Prefeitura do Recife prestou toda assistência às famílias desde o dia do deslizamento da barreira. Além disso, a Defesa Civil fez o isolamento da área e a remoção de famílias do entorno, além de providenciar a substituição da lona e a limpeza da área.