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Cultura | 16.07.22 - 17h20

Fé, devoção e forró na 14ª Procissão dos Santos Juninos

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No último dia de festejos juninos na capital pernambucana, cortejo partiu do Morro da Conceição, em Casa Amarela, com destino ao Sítio Trindade, reunindo 18 bandeiras e muita alegria. (Foto: Inaldo Menezes/PCR)

Ontem (15), no último dia da programação junina realizada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, desde o último dia 1º de julho, o Morro da Conceição celebrou a tradicional Procissão dos Santos Juninos. Ao todo, 18 bandeiras e grupos culturais desfilaram com os padroeiros do período: São José, Santo Antônio, São João e São Pedro. Para embalar fiéis e brincantes, cinco bandinhas e um trio de forró acompanharam o cortejo.
 
A liturgia começou às 17h, dentro do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, com a sagração das bandeiras e uma homenagem ao carnavalesco e defensor incansável da cultura popular Marcelo Varella, que faleceu este ano. Depois as bandeiras de São João abraçaram a imagem da santa e desceram o morro, numa colorida e alegre caminhada, para encontrar com a festa do Sítio. 
 
Muitas vozes entoavam as músicas durante e após a benção no Santuário. No animado coro junino, destacava-se Verônica da Conceição, 61 anos. "Conceição já está no nome, né? Não podia perder essa beleza de programação. Balancê é comigo mesma! Fui para o Sítio Trindade três vezes neste São João. Festa boa, não perco por nada!", disse Verônica, para quem a mudança no calendário junino do Recife acabou sendo uma grata surpresa. “Pensei que nem fosse ter mais. Foi bom demais ter a mudança para acontecer. Já estou com saudade da festa. E ansiosa pelo próximo ano! Espero em Deus que eu esteja viva para aproveitar tudo de novo."
 
Com muito futuro junino pela frente, Maria Alice, de apenas três anos e meio, em seu vestido vibrantemente colorido, não parava quieta. Curtia seu primeiro São João e, com a ajuda do pai, Vítor Alves, 31 anos, não conseguia dizer não para nenhuma proposta neste encerramento. “Vai dançar muito forró?”, perguntava ele para a pequena, que euforicamente gritava: “Sim!”. 
 
Pernambucana em terras paulistas, Fabíola Moura, 34 anos, veio da capital São Paulo matar a saudade do lugar onde nasceu. “Sou apaixonada por nossa cultura. Eu estava ansiosa para reencontrar a festa. Inclusive, antecipei a minha vinda para aproveitar o São João. Como boa pernambucana, não posso perder essas festas tradicionais”, declarou-se.