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Cultura | 16.08.13 - 20h22

PCR desativa viveiro clandestino de camarão na Imbiribeira

[caption id="attachment_37488" align="alignleft" width="680"] Cerca 50 profissionais participaram da operação, que envolveu além da Secretaria de Meio Ambiente, a Emlurb, Brigada Ambiental, Polícias Militar e Civil. (Foto: Carlos Augusto/PCR)[/caption]

Um viveiro de camarão construído irregularmente em área de mangue, na Imbiribeira, foi desativado, na última sexta-feira (16), em uma ação da Prefeitura do Recife, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. O criadouro estava dentro da Unidade de Conservação da Natureza chamada de “Sítio Grande”, que é protegida por leis municipal (Nº 1.6741/2002) e Federal (Nº 9.985/2000).

Mais de 20 homens estão trabalhando na destruição dos taludes que eram usados para represar a água e formar o lago do criatório. A ação vai permitir que o fluxo da maré seja restabelecido e, com isso, a área tenha condições de se recuperar. Também para recompor a vegetação, a Secretaria de Meio Ambiente fará no local um Projeto de Revitalização/Implantação de Áreas Verdes (PRAV), que contemplará o plantio de mudas nativas.

De acordo com a chefe de Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente, Janaina Macedo, o viveiro irregular provocou o desmatamento de cerca de um hectare da reserva. “Identificamos o responsável por esta infração ambiental e o autuamos. Agora, ele responderá a um processo administrativo por conta da instalação do criatório, aterro e desaterro na área de reserva. A multa pode chegar a R$ 250 mil. Como o viveiro também configura um crime ambiental, comunicamos o fato ao Depoma para que o responsável ainda responda criminalmente”, frisou.

A operação faz parte de um Plano de Monitoramento das Unidades de Conservação que objetiva salvaguardar as 27 reservas de verde existentes na capital pernambucana. O projeto piloto da iniciativa tem como foco o Parque do Jiquiá e Sítio Grande. “No final de julho, fizemos um sobrevoo pelas Unidades de Conservação da cidade. Foi assim que descobrimos esse viveiro. Por terra, era muito difícil identificar, pois existem casas construídas na frente da área de mangue”, detalhou Janaina Macedo.

Ao todo, cerca 50 profissionais participaram da operação, que envolveu além da Secretaria de Meio Ambiente, a Emlurb, Brigada Ambiental, Polícias Militar e Civil. Os serviços de destruição dos taludes seguem na próxima semana devido à dimensão do viveiro. Já o PRAV que deve ser implantado no local é um tipo de compensação estabelecida pelo Município a uma empresa por ter construído em setor de sustentabilidade ambiental. Todos os custos e a execução do PRAV ficam a cargo da instituição privada, sendo orientada e fiscalizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade.