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Cultura | 16.12.13 - 15h49

Alunos de creche-escola lançam livro sobre brincadeiras populares

[caption id="attachment_41827" align="aligncenter" width="680"] Crianças de 4 e 5 anos do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Paulo Rosas, no bairro da Várzea, escreveram contos que resgatam brincadeiras como amarelinha e pula corda. (Foto: Antônio Tenório/PCR)[/caption]

Brincadeiras populares como amarelinha e bola de gude viraram tema de livro escrito por alunos de apenas 4 e 5 anos da rede municipal do Recife e seus professores. Na última sexta-feira (13), 19 estudantes do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Paulo Rosas lançaram a obra Ah! Eu entrei na roda da brincadeira... e a brincadeira virou história. O evento aconteceu no Auditório Gilda Lins, na Editora Universitária, situada na Universidade Federal Pernambuco (UFPE). A publicação é baseada nas obras do artista plástico carioca Ivan Cruz e faz parte do projeto Brincar é pra já! Toda criança tem direito a brincadeira!. Está disponível para consulta na biblioteca do Cmei, que fica na UFPE.

A ideia de escrever o livro surgiu a partir de uma atividade de contação de histórias realizada na creche-escola, que envolvia a interação das crianças com brinquedos dentro de uma caixa. Esses brinquedos ganharam nomes, personalidades e entraram no enredo coletivo das histórias, que partem de brincadeiras antigas como cabo de guerra e pula corda. Durante as atividades lúdicas e pedagógicas, os alunos também confeccionaram brinquedos com material reciclável.

A gestora do Cmei Paulo Rosas, Verônica Carlos, destacou o esforço realizado pela equipe e a importância de os alunos verem um livro escrito por eles. “Esse lançamento representa a culminância de um trabalho que integra um contexto de contação de histórias que desenvolvemos com as crianças desde o berçário. Já que os meninos folhearam tantos livros, nada mais justo que ter uma publicação produzida por eles mesmos.”

O lançamento da coletânea de contos teve a contribuição da equipe de professores da creche-escola, que dedicaram o ano a preparar a publicação. "Espero que esse livro seja o primeiro de muitos que esses meninos possam escrever em suas vidas”, deseja Débora da Rocha, professora do grupo de crianças de 4 anos.

Cada estudante levou seu exemplar para casa, para que possa ser lido pela família. Olivier Kienast Filho, pai dos alunos Olivier e Olavo Kienast, observou a mudança de hábito que seus filhos tiveram a partir da produção do livro. “Já percebi que eles criaram um maior interesse por leitura, além melhorarem o comportamento. Esse tipo de atividade está ajudando muito na formação deles”, avaliou.