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Cultura | 16.12.13 - 10h15

Internacional da Linha do Tiro é o grande campeão Sub-17 do Recife Bom de Bola

[caption id="attachment_41800" align="aligncenter" width="680"] Também neste sábado (14), o São Caetano, dos Torrões, conquistou o título na categoria Aberto. (Foto: Lú Streithorst/PCR)[/caption]

Num jogo duríssimo, o Internacional da Linha do Tiro segurou o empate em 1 x 1 contra o Formoso da Macaxeira e sagrou-se campeão geral do Recife Bom de Bola na categoria Sub-17. A partida aconteceu na manhã deste sábado (14), no campo da Vila da Sudene, no Ipsep, e foi acompanhada por convidados ilustres como o ex-jogador Denílson, pentacampeão com a Seleção Brasileira na Copa de 2002; o meia Natan, do Santa Cruz; Marco Aurélio, o ex-lateral do Náutico e do Santa; a deputada federal Luciana Santos e o vereador Almir Fernando. À tarde, o São Caetano venceu no Bahia por 2x0 e conquistou o título da categoria Aberto.

Mesmo jogando pelo empate por ter melhor campanha no triangular decisivo, o Inter entrou aceso em campo e saiu na frente com um “gol relâmpago” do meio-campista Dego, logo aos 15 segundos de jogo. O Formoso tentou tomar a iniciativa do jogo, mas só chegou ao empate no primeiro minuto do segundo tempo, quando o atacante Júlio aproveitou um escanteio e mandou de cabeça para as redes. A partir daí, foi só pressão do time da Macaxeira, que colocou até bola no travessão, mas não conseguiu virar o placar: Internacional campeão!

“Foi meu primeiro gol no campeonato. Entramos focados e saímos logo na frente. A vitória vai para o elenco inteiro”, comentou Dego, o autor do gol do título. Para o goleiro Eduardo, que segurou a pressão dos adversários no segundo tempo, o principal fator da conquista foi a humildade. “No começo a gente não tinha nem uma luva para treinar. Mas agora somos campeões!”, comemorava.

“O Recife Bom de Bola já decolou. Vamos reformar os campos de várzea, revelar talentos e melhorar a qualidade de vida desses garotos por meio do esporte. É uma alegria muito grande”, disse o secretário municipal de Esportes e Copa do Mundo, George Braga. O pentacampeão Denílson destacou a importância do futebol jogado no barro. “Eu saí do ‘terrão’, onde joguei até os 18 anos, e considero fundamental resgatarmos esse costume. Hoje todo mudo joga em campo sintético, o que tira um pouco a essência do jogo. É na várzea que perdemos o medo de entrar nas divididas”, afirmou o ex-craque.

[caption id="attachment_41801" align="aligncenter" width="680"] Os selecionados, um em cada posição, serão contratados pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e cedidos, por empréstimo, aos clubes da primeira divisão do Estado. (Foto: Lú Streithorst/PCR)[/caption]


Com o encerramento dos jogos do Sub-17, cresce a expectativa sobre a escolha dos 11 melhores atletas da categoria, a serem definidos por uma comissão especial, formada pelo técnico Hugo Benjamin, pelos ex-jogadores Luciano (Santa Cruz) e Gena (Náutico) e os jornalistas Marcelo Cavalcante, Lenivaldo Aragão e Álvaro Filho. Os selecionados, um em cada posição, serão contratados pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e cedidos, por empréstimo inicial de 3 meses, aos clubes da primeira divisão do Estado, ganhando oportunidade concreta de vencer na vida por meio do futebol.

Legado - Primeiro grande legado esportivo da Copa do Mundo para a capital pernambucana, o programa Recife Bom de Bola usa o esporte como plataforma para um conjunto de ações, incluindo o torneio de futebol, que reuniu mais de 500 equipes e 13 mil atletas de toda a cidade; ações de combate à violência; descoberta de talentos; e requalificação dos campos de várzea. O programa vai se integrar ao Pacto pela Vida, ajudando a levar cidadania aos bairros com maiores índices de violência e utilizando o potencial do esporte para afastar os jovens da criminalidade.