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Neste sábado, 18 de maio, a saúde pública celebra o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Motor da reforma psiquiátrica no País, esse movimento impulsionou, ao longo das últimas quatro décadas, uma transição dentro da política de saúde mental, substituindo as longas internações e restrição de interação social pela ressocialização, fortalecimento do tratamento ambulatorial, valorização da autonomia, cuidado humanizado e integração com a família e comunidade. Marcando a data especial, o Recife traz uma boa notícia para os pacientes tratados nas unidades de saúde mental da rede municipal: a inclusão de novos medicamentos para o tratamento de transtornos como o depressivo, obsessivo-compulsivo, da ansiedade e estresse pós-traumático. Nesse incremento de insumos, considerados padrão-ouro, pela eficiência proporcionada, a Prefeitura do Recife está investindo R$ 7 milhões a cada ano.

 

“A atualização e ampliação de todo o nosso rol de assistência farmacêutica em saúde mental representam um marco, atendendo a um pleito de profissionais e usuários das unidades de atenção psicossocial. São medicamentos de ponta, de alto custo e eficácia, para uma maior qualidade do tratamento, manejo clínico, menos efeitos colaterais e até no desmame adequado, possibilitando uma vida melhor para pacientes, seus familiares e cuidadores. Ao todo, são 13 psicofármacos, em suas novas apresentações, e já estão disponíveis para prescrição médica na rede municipal”, explica a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque. 

 

Com isso, a assistência farmacêutica do Recife passará a dispensar, em suas unidades, 293 rótulos, sendo 52 deles voltados para a saúde mental. Entre os novos psicofármacos, estão o clonazepam solução oral, que facilita o desmame das drogas (da redução gradativa até a suspensão total do uso); a amitriptilina 75mg, que melhora a adesão ao tratamento com a adequação de doses; a venlafaxina, que é um antidepressivo para quem apresenta recaídas e recorrência dos quadros mais graves, e o escitalopram, também antidepressivo, porém com menos efeitos colaterais. A entrega dos medicamentos será feita pela Central de Assistência Farmacêutica, sempre sob prescrição de médicos psiquiatras. 

 

Os novos medicamentos são destinados aos usuários dos 17 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e 50 residências terapêuticas, além de policlínicas, hospitais gerais com leitos psiquiátricos e unidades da Farmácia da Família do Recife. Os profissionais que trabalham nesses centros formam uma equipe multidisciplinar composta por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. Confira aqui (https://bit.ly/2Rz6fzo) a lista completa dos CAPS do Recife, que atendem por demanda espontânea ou usuários encaminhados pelas unidades da Atenção Básica. 

 

PROGRAMAÇÃO ANTIMANICOMIAL – Para marcar a luta antimanicomial, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Recife preparou uma programação com exposições artísticas, cinedebate, encontros culturais, inauguração de biblioteca, rodas de conversa e manifestações.