Debate sobre patrimônio histórico e cultural marca Dia Nacional do Patrimônio Histórico na Prefeitura do Recife
A visão da sociedade sobre o patrimônio material e imaterial do Recife e a abordagem sobre a preservação e classificação desses espaços foi o tema da discussão da mesa redonda promovida na tarde de hoje (17), dentro da IX Semana do Patrimônio do Estado. O evento comemorou o Dia Nacional do Patrimônio Histórico e reuniu representantes das universidades, profissionais da arquitetura e urbanismos e estudantes no edifício-sede da Prefeitura do Recife.
O tema "(Re)pensando o patrimônio cultural na cidade do Recife: entre a paisagem e a prática social" deu o ponta pé inicial ao debate. A apresentação inicial ficou a cargo da mestre em Desenvolvimento Urbano e gerente de Controle da Preservação do Patrimônio da Secretaria de Planejamento Urbano, Cecília Vargas. O arquiteto e consultor na TGI Consultoria, Francisco Cunha e o doutor em Sociologia e coordenador do Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Pernambuco, Francisco Sá Barreto, também participaram da discussão.
O olhar do recifense para os edifícios históricos, foi um dos assuntos mais comentados. Para Cecília, o conhecimento da cultura local é a chave para o entendimento e o sentimento de pertencimento com os patrimônios. "Precisamos olhar nossa realidade e enxergar qual é o nosso real patrimônio. A partir desse entendimento, podemos definir o que faz parte da nossa história", argumentou.
A participante Elaine Una, que estuda e trabalha com educação patrimonial, foi uma das pessoas que contribuíram com o debate. Para ela, o ensino nas escolas pode ser a saída para a criar uma percepção de cuidado nas novas gerações. "Como em tudo, a educação é a base. Sem dúvida, as relações sociais e a história de cada um determina o quanto um equipamento cultural ou religioso faz parte da história da comunidade".
Preservação - A Prefeitura do Recife vem intensificando o resgate patrimonial e histórico da cidade e de 2013 até agora, classificou 104 edifícios como Imóveis Especiais de Preservação (IEP). No total, o Recife conta com 260 imóveis considerados IEPs.