Beneficiários do Bolsa Escola assistem a documentário sobre a ditadura no Brasil
A sessão contou com a presença da diretora do documentário e da economista Lília Gondim. Foto: Carlos Augusto[/caption]
A Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, em ação conjunta com a Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, exibiu, nesta quarta-feira (17), o documentário Vou contar para meus filhos, da cineasta Tuca Siqueira, para beneficiários do Programa Bolsa Escola Municipal.
A sessão contou com a presença da diretora do documentário e da economista Lília Gondim, umas das idealizadoras do filme e ex-presa política na época da Ditadura no Brasil. O encontrou foi direcionado a cerca de 30 beneficiários do Bolsa Escola. A película relata a história de 24 mulheres presas na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, na Zona Norte do Recife, no período de 1969 a 1979. Elas ficaram presas na capital pernambucana por lutarem pelo fim da ditadura no Brasil – 1964 a 1985.
Após a exibição, foi organizado um bate-papo com os beneficiários. “Foi um desafio bem grande. Tratamos do encontro e reencontro delas e não das histórias de cada uma. Gravamos tudo em três dias e editamos em sete meses, pois era muita coisa”, revelou a cineasta Tuca Siqueira.
Segundo Lília Gondim, o objetivo era contar a história do Brasil, “que ainda está escondida”, para essa geração. “Era uma convivência que não escolhíamos. Nós aprendíamos a conviver. Cada uma tinha uma ideia diferente, mas todas queriam a mesma coisa”, lembrou.
Uma das coordenadoras das atividades culturais da Diretoria de Apoio Social à Educação, Rafaela Ávila, falou sobre o que a exibição do filme pode representar para os beneficiários. “Com essa iniciativa, o programa tenta resgatar um pouco da nossa história e passar para os beneficiários momentos de inclusão social, para que todos tenham o conhecimento de uma época que existiu e que mudou a história do País. E que hoje, seus filhos, vivem num país diferente, porque essas mulheres lutaram por esta sociedade”.
Vou contar para meus filhos é uma realização do Movimento Tortura Nunca Mais de Pernambuco, com o patrocínio do Projeto Marcas da Memória, da Comissão da Anistia do Ministério de Justiça, e contou com o apoio da Prefeitura do Recife, Prefeitura de Olinda e Governo de Pernambuco. A exibição aconteceu na Escola Municipal Doutor Rodolfo Aureliano, no Bairro da Várzea (RPA 04).