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Direitos Humanos | 17.11.17 - 20h29

Mais de 60 pessoas participaram do 2º curso de voluntariado do Transforma Recife

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Quinze participantes já vão começar a trabalhar como voluntários neste sábado, ajudando a pintar as casas do Morro da Conceição, dentro do Projeto Mais Vida nos Morros. (Foto: Lú Streithorst/PCR)

 

Mais de 60 pessoas participaram, nessa quinta-feira (16), do segundo curso de voluntariado oferecido pelo Transforma Recife, na sede do Porto Social, na Ilha do Leite. Os participantes puderam entender como funciona a plataforma digital de voluntariado da Prefeitura do Recife e como podem colaborar com os projetos sociais da capital pernambucana, além de terem ouvido depoimentos de voluntários e de representantes de projetos sociais que contaram como a ajuda dos voluntários transformou as organizações.

Dos mais de 60 participantes do curso de voluntariado, 15 já vão começar a trabalhar como voluntários neste sábado (18), ajudando a pintar as casas do Morro da Conceição. Eles foram convidados pelo secretário-executivo de Inovação Urbana do Recife, Tullio Ponzi, parar colaborar com o Programa Mais Vida nos Morros, da Secretaria de Infraestrutura e Habitação da PCR. Até 08 de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição, o projeto, que conta com a participação da comunidade e colaboração da iniciativa privada, está promovendo a pintura das casas do Morro da Conceição, com tintas nas cores azul e branco, em homenagem à padroeira da comunidade. Mais de 600 famílias serão beneficiadas.

Marcela Balthar, gestora do Transforma Recife, explicou que o Transforma Recife completou dois anos em abril deste ano, chegando a marca de mais de 84 mil voluntários e 420 Organizações Sociais cadastrados no site do projeto. Segundo ela, a ideia da plataforma é juntar, no ambiente digital, de forma rápida e prática, quem quer ajudar e a entidade que precisa de apoio, cruzando os interessados com as ofertas de trabalho voluntário em entidades do Recife. “O Transforma tem, atualmente, mais de 20 mil vagas de trabalhos voluntários disponíveis. Vocês estão a um clique da mais de 400 organizações sociais cadastradas na plataforma. Pelo site, vocês fazem contato direto com as instituições e podem encontrar oportunidades que se encaixem com o perfil e a disponibilidade de vocês. É importante fazermos o que gostamos e queremos; não precisa necessariamente ter a ver com a nossa profissão”, orientou. 

Já Júlia Jungmann, gerente de Projetos do Transforma Recife, explicou as diferentes possibilidades de dedicação ao trabalho voluntário. “Vocês podem fazer uma atividade pontual ou recorrente (indo na instituição regularmente). Quem não puder estar presente na instituição também pode encontrar uma vaga de trabalho voluntário à distância, em que a pessoa só precisa ficar disponível remotamente, pelo computador, por exemplo. Tem ainda o pró-bono, que é quando você é profissional e ajuda com sua expertise, doando suas horas de trabalho para uma organização social. As empresas estão cada vez mais levando isso em conta quando vão avaliar os currículos”, disse Júlia.

Para estimular os participantes a iniciarem algum trabalho voluntário, o jovem baiano Iablas Nascimento, de 24 anos, contou um pouco da sua experiência. Em 2015, ele tinha um projeto voluntário no interior da Bahia e veio para a capital pernambucana conhecer o trabalho desenvolvido pelo grupo Novo Jeito. Hoje ele é diretor de Voluntariado da organização social e cuida de mais de 300 voluntários. “O trabalho voluntário tem o poder de mudar a sociedade de forma muito grande, vocês vão ver isso de perto. Parabéns pra vocês que tiveram a força de vontade de sair de casa, enfrentar o trânsito para vir aqui em busca de uma causa que mova vocês”.

Já o engenheiro Elias Araújo, responsável pela escolinha de futebol Pereirinha Futebol Clube, contou como os voluntários ajudaram a melhorar a organização que existe desde 2009, no Alto do Pereirinha, em Água Fria. “Graças ao Transforma Recife, conseguimos melhorar muito o nosso projeto. Hoje temos voluntários atuando na comissão técnica, temos um advogado nos ajudando a reformular nosso estatuto e outro voluntário vai nos ajudar a oferecer curso de inglês pros nossos alunos. Todos estão unidos em prol do mesmo objetivo: formar cidadãos, e não jogadores. Encaramos o esporte como um meio de inclusão social, educação e cidadania. Nosso projeto está interessado nos garotos que têm dificuldades familiares, nos estudos, entre outras. Queremos ajudar essas crianças a mudarem de vida. Me sinto vivo ao formar cidadãos”, relatou Elias.