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Saúde | 18.01.17 - 19h20

Pacientes do SUS passam por exames de hanseníase na Tenda da Mancha, no Recife

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Os casos positivos foram encaminhados para os serviços de referência (Foto: Cortesia)

Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, comemorado no fim deste mês, a Prefeitura do Recife, por meio do Programa Municipal de Controle de Hanseníase, realizou na manhã desta quarta-feira (18), na Policlínica Waldemar de Oliveira, uma ação de busca ativa de casos da doença. No local, foi montada a Tenda da Mancha, na qual pacientes e moradores da área passaram por exames. A ação foi realizada de forma integrada pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em parceria com a Pastoral da Saúde do Nordeste e o Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN)

A Coordenadora do Programa de Controle de Hanseníase, Elaine Holanda ressalta a importância de ficar atento à doença. “É importante que uma pessoa que possua alguma mancha, seja ela avermelhada, acastanhada, esbranquiçada, amarronzada e que não sinta dor ou outras sensações naquela mancha, que não possua suor ou pelos no local, procure uma unidade de saúde, porque se a hanseníase não for tratada, pode deixar sequelas e deformidades”, disse Elaine.

A pesquisa de sensibilidade, responsável por detectar a doença, é dividida em três etapas: a térmica, a dolorosa e a tátil. Na térmica são usados dois pedaços de algodão, um seco e outro molhado com éter para verificar a sensibilidade à temperatura; na dolorosa é usada uma agulha para testar a sensação de dor; e na tátil é usado o estesiômetro, para verificar as sensações de tato no local da mancha. 

A cuidadora de idosos, Iracema Barreto, estava na Policlínica para uma consulta de rotina, quando foi informada sobre a ação da tenda da mancha. Após o exame, ela obteve o diagnóstico positivo para a doença, recebendo em seguida todas as recomendações a serem tomadas para iniciar o tratamento. “Fui abordada na entrada da policlínica e a enfermeira perguntou se eu tinha alguma mancha no corpo, quando ela falou da possibilidade de fazer o exame, eu decidi fazer. Acho importante a divulgação da doença, pois tem tratamento e cura”, contou Iracema. 

Hanseníase é uma doença que ainda possui muito preconceito da sociedade por sua associação à Lepra como praga bíblica. Por este motivo dar o diagnóstico da doença envolve um maior cuidado. “A maioria dos pacientes ainda se deprime ao receber o diagnóstico. Então é preciso esclarecer, tirar as dúvidas do paciente em relação à doença, pois hoje ela tem cura e não se isola mais o paciente”, explicou o enfermeiro Randal Medeiros, responsável por dar o diagnóstico aos pacientes.

Dados – No ano de 2016, no Recife, foram notificados 329 casos, 20,2% dos casos do Estado. No mesmo ano foram 36 novos casos da doença em menores de 15 anos, 24,5% dos casos de Pernambuco.

Sanar - Para atender as doenças negligenciadas transmissíveis (hanseníase, filariose, tuberculose e geo-helmitíase), a Prefeitura da Cidade do Recife criou em 2013 o programa SANAR-Recife, que promove o enfrentamento das doenças por meio de estratégias de prevenção e tratamento. O programa conta com ações como: assessoramento de Unidades de Saúde, acompanhamento e tratamento de casos, investigação dos casos, fortalecimento da assistência laboratorial, fortalecimento da rede de atenção básica e promoção de ações de educação em saúde.

 

UNIDADES DE REFERÊNCIA PARA HANSENÍASE

DISTRITO SANITÁRIO

UNIDADE

I

Policlínica Gouveia de Barros, Boa Vista

 

Policlínica Waldemar de Oliveira, Santo Amaro

II

Policlínica Salomão Kelner, Água Fria

III e VII

Policlínica Albert Sabin, Tamarineira

 

Policlínica Clementino Fraga, Vasco da Gama

IV

Policlínica Lessa de Andrade, Madalena

 

Centro de Saúde Prof. Joaquim Cavalcanti, Torrões

V

Policlínica Agamenon Magalhães, Afogados

VI e VIII

Policlínica do Pina, Pina

 

Policlínica Ivo Rabelo, UR-1 - Cohab