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Cultura | 18.12.13 - 12h10

Marlos Nobre "improvisa" no último concerto da OSR em 2013

[caption id="attachment_41906" align="aligncenter" width="680"] O público que assistiu ao concerto teve uma ótima surpresa durante a apresentação, o pianista, compositor e regente Marlos Nobre, tocou um dos clássicos do Maestro Antônio Carlos Jobim: Dindi. (Foto: Andréa Rêgo Barros)[/caption]

O público que lotou o Teatro de Santa Isabel nesta quarta (17), para assistir ao último concerto da Orquestra Sinfônica do Recife deste ano, foi brindado com um momento que não estava no programa oficial. Ao final da primeiro parte do concerto, Marlos Nobre, que além de regente foi o solista da noite, tocou, ao piano, um dos clássicos do Maestro Antônio Carlos Jobim: Dindi. A plateia, pega de surpresa, foi ao delírio. Ao final da apresentação, dedicada a compositores brasileiros, o Maestro deu mais um "presente" ao fazer o bis de "Dança de Chico Rei e da Rainha Ginga (do bailado Maracatu do Chico Rei), de Francisco Mignone.

O maestro começou a noite dizendo que era um dia de festa por diversos motivos. Pelo programa, que homenageava nomes como Capiba e Clóvis Pereira, e, também, por que festejava a "nova era da Orquestra, que estava renascendo. Agradeço ao prefeito Geraldo Julio e à secretária de Cultura, Leda Alves, pela atenção dada à Orquestra Sinfônica do Recife. Ao público, Nobre fez um apelo/convite: "abracem essa Orquestra".
Ao final da apresentação foi a vez dos músicos falarem. O trombonista Misael França e a violinista Viviane Pimentel, foram os porta-vozes. Eles também saudaram os avanços conquistados pela categoria em 2013 e deram uma placa comemorativa ao Maestro. O texto de agradecimento fala de admiração, respeito e dedicação.

O concerto desta terça foi aberto pela ópera “O Guarany”, do paulista Carlos Gomes. o repertório teve ainda "Batuque para Orquestra", do cearense Alberto Nepomuceno e "Batuque" do carioca Lorenzo Fernandez. Os momentos mais emocionantes da noite foram durante a apresentação do “Bolero”, de Lourenço Fonseca, o Capiba, livremente inspirado no de Maurice Ravel, com arranjo de Clovis Pereira, e revisado pelo maestro Marlos Nobre e "Concertante do Imaginário para um piano e Orquestra de Cordas", peça composta por Nobre em homenagem a esposa, Maria Luiza.

[caption id="attachment_41907" align="aligncenter" width="680"] O público lotou o Teatro Santa Isabel para assistir o último concerto da Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga em atividade no Brasil.[/caption]

Orquestra – A Orquestra Sinfônica do Recife é a mais antiga em atividade no Brasil. Foi fundada em 30 de julho de 1930 pelo Maestro Vicente Fittipaldi. Nomes ilustres como Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Guedes Peixoto e Guerra Peixe já foram regentes da OSR. Em, 2013, depois de 12 anos sob o comando do maestro Osman Gioia, passou a ser dirigida por Marlos Nobre. Recentemente, a Câmara de Vereadores aprovou, por unanimidade, um projeto enviado pela Secretaria de Cultura, uma gratificação de produtividade musical de R$ 400,00 e R$ 350,00, para os músicos da Orquestra e da Banda Sinfônica do Recife, respectivamente. Para elaborar o Plano de Cargos e Carreiras dos músicos, já está instituído um grupo de trabalho que deve apresentar o projeto até o final de fevereiro do próximo ano.