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Carnaval | 19.02.20 - 10h16

Praça do Arsenal recebe Encontro de Caboclinhos e Índios

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Encontro reúne 18 agremiações indígenas e oferece ao folião a oportunidade de se conectar com as raízes da cultura nativa pernambucana (Foto: Bruno Campos/ArquivoPCR)

 

Nesta quarta-feira (19), a partir das 18h, a Praça do Arsenal recebe o 12º Encontro de Caboclinhos e Índios. Realizado pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura do Recife, este ano, o Encontro conta com a participação de 18 agremiações de várias cidades do Estado.  A celebração valoriza a riqueza, os costumes e a musicalidade que demarcam a importância do povo afro indígena para a formação cultural de Pernambuco. É a expressão nativa da identidade nordestina valorizada no maior Carnaval de rua do Brasil.  

“Teremos grupos de caboclinhos e índios em todos os nossos polos ao longo dos quatro dias de Carnaval. No domingo, acontecem mais dois encontros: um na Praça do Arsenal e, outro, em Chão de Estrelas”, adiantou Williams Santana, coordenador do Encontro. As agremiações se apresentam com uma indumentária característica composta por atacas (de pé e mão), saiotes e tangas, (confeccionadas com penas de ema e outras aves), adornados por lantejoulas, búzios, espelhos, cordas e sementes. Os adereços de cabeça são bastante diversos e podem apresentar cocares, diademas, girassóis e leques decorados com penas e lantejoulas.

O caboclinho está ligado à prática da Jurema, religião que une elementos de matriz africana e indígena. Os "caboclos" são entidades espirituais e celebrados por meio dos instrumentos musicais e pela dança característica da expressão. Durante o cortejo, os grupos são acompanhados por um Porta-estandarte, que abre o desfile, seguido por dois cordões de Caboclos e Caboclas. No centro da agremiação, fica posicionado o Cacique ou a Cacica. A apresentação é marcada pelas preacas (um tipo de arco e flexa), que determina o ritmo do desfile. 

Cada grupo de Caboclinho ou de Índios se apresenta com seu próprio conjunto musical chamado "terno" ou "baque". A música instrumental é executada pelos maracás, surdo, flautas ou gaitas, atabaques e caixa. Alguns grupos entoam loas ou versos. Suas apresentações são com danças rimadas, onde alguns passos lembram os executados no frevo. 

Em 2016, a manifestação recebeu o registro de bem cultural imaterial por suas existência no carnaval pernambucano desde o final do século XIX. Simboliza a memória do encontro cultural e da resistência, sobretudo das populações indígenas e também dos povos africanos escravizados, que chegaram no Nordeste rural brasileiro. Sua importância histórica foi reconhecida com o título de Patrimônio Cultural do Brasil, concedido pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan. 

 

Confira as agremiações confirmadas para o Encontro de Caboclinhos e Índios 2020:

Tribo Indígena Tapirapé 

Tribo Indígena Orubá de Goiana

Tribo Indígena Paraguazes
Caboclinho Flexa Negra da Tribo Truká
Caboclinho Caetés do Recife
Tribo de Índios Ubirajara
Associação Cultural Caboclinho Truká

Tribo Indígena Flexa Negra do Recife

Caboclinho Tupinambá de Jaboatão 

Tribo de Índio Tupinambá
Associação Cultural Truká (Caboclinho Truká)

Tribo Guaianás
Caboclinhos Tainá
Caboclinhos 7 Flexas Mirim
Caboclinhos dos Coités de Tracunhaém 

Clube Carnavalesco Tribo Indígena Tupã

Índio Tabajaras
Caboclinhos os Carijós de Goiana

 

SERVIÇO

Encontro de Caboclinhos e Índios 

Praça do Arsenal - Bairro do Recife 

Quarta-feira (19), a partir das 18h