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Saúde | 19.02.22 - 14h29

Recife tem 96% de redução nos casos de dengue, chikungunya e zika em relação ao ano passado

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Até a Semana Epidemiológica (SE) 5, que vai de 30 da janeiro a 5 de fevereiro de 2022, a capital pernambucana confirmou apenas quatro casos de dengue e quatro de chikungunya - não foi confirmado nenhum de zika. (Foto: Ikamahã / Secretaria de Saúde do Recife)

 

O Recife registrou, este ano, uma redução de 96% nos casos confirmados de arboviroses, comparado ao mesmo período do ano passado. Até a Semana Epidemiológica (SE) 5, que vai de 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2022, a capital pernambucana confirmou apenas quatro casos de dengue e quatro de chikungunya - não foi confirmado nenhum de zika. Em 2021, na mesma SE, havia sido confirmados 118 casos de dengue, 93 de chikungunya e nenhum de zika. A queda nos números se deve ao trabalho diário, de porta em porta, dos agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces), à intensificação dos mutirões em residências e pontos estratégicos da capital e à criação da ferramenta Bora Se Cuidar contra o Mosquito, disponível no site ou no app Conecta Recife, onde a população pode realizar denúncias de possíveis focos do Aedes aegypti.

Até o momento, não houve a notificação de óbitos por arboviroses na capital pernambucana. Até a SE 5 de 2022, 75% dos casos confirmados de arboviroses foram em pessoas na faixa etária de 20 a 39 anos. “Apesar da redução nos números, que é fruto da seriedade com que a Prefeitura do Recife e a Secretaria de Saúde têm enfrentado as arboviroses, a população não pode se descuidar e precisa se esforçar para eliminar os focos de mosquito em suas casas, já que mais de 80% deles são encontrados dentro das residências”, reforça Marcella Abath, secretária executiva de Vigilância em Saúde do Recife.

Desde abril do ano passado, aos fins de semana, têm sido intensificada a realização de mutirões em diversas comunidades do Recife, em que agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces) fazem a inspeção de residências e pontos estratégicos, a exemplo de borracharias e ferros-velhos, para identificar e tratar possíveis focos desses vetores. De lá pra cá, foram feitas 123 ações do tipo. Durante o trabalho, os profissionais verificam a existência de criadouros do mosquito Aedes aegypti, eliminam focos e aplicam larvicida biológico nos depósitos de água. Ainda nas abordagens, os asaces também realizam um trabalho educativo com a população, sobre como prevenir as arboviroses mais comuns, como dengue, chikungunya e zika, além de outras doenças.

Os asaces visitam também locais classificados como Pontos Estratégicos, a exemplo de borracharias e ferros-velhos, que são imóveis com grande potencial de conter criadouros de mosquito dentro da comunidade. Nesses locais, é realizada a eliminação de depósitos que acumulam água, aspirações de alados (mosquitos adultos) e também tratamento químico com inseticida. Além disso, os profissionais recolhem pneus, que podem se tornar grandes focos de proliferação do Aedes. As áreas escolhidas para as ações apresentam um maior índice de infestação do mosquito e risco de adoecimento da população, de acordo com indicadores entomológicos e epidemiológicos.

Durante todo o ano de 2021 e em janeiro e fevereiro de 2022, os asaces da Prefeitura do Recife visitaram mais de 2,5 milhão de imóveis. Além disso, a Vigilância Ambiental do Recife também realiza outras atividades continuadas para controle dos mosquitos transmissores das arboviroses, como manutenção das ovitrampas (armadilhas para monitorar a infestação do mosquito) e análise das Estações Disseminadoras de Larvicidas.

 

Em junho do ano passado, o prefeito João Campos lançou a ferramenta ‘Bora se Cuidar contra o Mosquito’, que funciona dentro do site ou aplicativo Conecta Recife, onde os moradores da capital podem realizar denúncias de possíveis focos do Aedes aegypti. Durante a denúncia, é utilizado o georreferenciamento para facilitar o registro da população. Além da precisão no mapa, outra vantagem da plataforma é que as pessoas podem incluir fotos do possível criadouro – uma caixa d’água, tonéis, pneus ou outros recipientes que possam acumular água.