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Cultura | 19.11.11 - 12h03

VII Caminhada das Escolas Municipais pela Igualdade Racial arrasta multidão no Recife

A mobilização reuniu cerca de 500 estudantes de 13 escolas municipais

[caption id="attachment_10135" align="alignright" width="334" caption="Foto: Divulgação"][/caption]

Por Karolina Pacheco

Aproximadamente 500 estudantes de 13 escolas da Rede Municipal de Ensino participaram da caminhada, acompanhados por professores, estagiários e animadores culturais. As turmas cruzaram a Ponte Princesa Isabel entoando batidas de paz e igualdade e clamando contra xenofobia e intolerância racial na Cidade. O cortejo seguiu pela Avenida Guararapes despertando a atenção de curiosos que se deixaram embalar pelos batuques de ganzás e alfaias dos alunos dos projetos Escola Aberta e Mais Educação.

A Escola Municipal João Alfredo, da Ilha do Leite, levou à passeata um coral composto por 50 alunos do Projeto “Recife Identificando-se Negra”, que cantou em iorubá, ritmo africano. Segundo Christina Marques, professora e coordenadora do Projeto, que surgiu em 2007, o coro “é o único de escola pública no Brasil que canta em iorubá”.George de Souza, 32 anos, coordenador da Linguagem de Percussão da Gerência de Animação Cultural da PCR, analisou positivamente a ação: “A ideia da caminhada é trazer os grupos culturais com os quais trabalhamos o ano todo, através da musicalidade, com oficinas de percussão e outras atividades. Trabalhamos também a questão da consciência étnico-racial. E aqui no Parque Treze de Maio as crianças podem confraternizar e interagir com alunos de outras escolas”, ressaltou.

O músico Kinho Caetés, que parou para observar a movimentação, ressaltou a importância desse apelo pela igualdade: “É interessante conscientizar o povo negro para ter sua igualdade racial proclamada. Todas as manifestações culturais têm força quando o povo as reconhece, e esse é um grande passo para o reconhecimento, desde a infância”, resumiu.A passeata foi encerrada no Pátio do Carmo, na Avenida Dantas Barreto, em frente à Igreja de Nossa Senhora do Carmo. A mobilização socio-cultural contou com o apoio de agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) e da Polícia Militar.