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Cultura | 19.11.18 - 16h24

20º Festival Recife do Teatro Nacional reapresenta Preto na segunda noite de atividades

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Peça da Companhia Brasileira de Teatro, com a atriz Renata Sorrah no elenco, além de Grace Passô, Cássia Damasceno, Felipe Soares e Nadja Naira, abriu a programação montada pela Prefeitura do Recife, negritando temas como racismo, afeto e desigualdade (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

 

Depois de uma prestigiada estreia, que lotou o Teatro de Santa Isabel na noite de ontem, o 20º Festival Recife do Teatro Nacional oferece hoje (19), a partir das 20h, mais uma sessão do espetáculo Preto. Da paranaense Companhia Brasileira de Teatro, com a atriz Renata Sorrah no elenco, além de Grace Passô, Cássia Damasceno, Felipe Soares e Nadja Naira, a peça é a primeira das 12, entre nacionais e locais, que compõem a pauta do Festival oferecido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.
 
O espetáculo trata de racismo, afeto e diálogo, negritando a maneira como lidamos com as diferenças e como cada um se vê numa sociedade marcada pela desigualdade. A direção é de Marcio Abreu, que assina também a dramaturgia, com Grace Passô e Nadja Naira. Nadja faz também a iluminação do espetáculo. A cenografia é de Marcelo Alvarenga. O figurino foi criado por Ticiana Passos. As trilhas e efeitos sonoros são de Felipe Storino. A produção e realização é da própria Companhia Brasileira de Teatro, com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal.
 
Até o próximo domingo, serão apresentadas ainda outras cinco produções nacionais e inéditas na cidade: Woyzeck – Zé Ninguém, do Teatro Terceira Margem e Artistas Independentes e Teatro La Independencia, do Oco Teatro Laboratório, ambos da Bahia; O Que Só Passarinho Entende, da Cia Cobaia Cênica, de Santa Catarina; LTDA., do Coletivo Ponto Zero, do Rio de Janeiro; e A Gaiola, da também carioca Camaleão Produções Culturais e LTDA.
 
De Pernambuco, integram a programação: Ligações Perigosas, do Teatro de Fronteira; Próxima, solo da atriz Cira Ramos; Em Nome do Desejo, da Galharufas Produções; Espera o Outono, Alice, do Amaré Grupo de Teatro; e Pro(Fé)Ta – O Bispo do Povo, do Coletivo Grão Comum.
 
Os ingressos custam R$ 10 (R$ 5 para estudantes) e serão vendidos nas bilheterias de cada teatro.
 
Estreia – A noite de estreia do 20º Festival Recife do Teatro Nacional abriu com a homenagem solene, prestada pela secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, e pelo presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, a Reinaldo Oliveira, um dos mais pródigos e célebres filhos e representantes do teatro pernambucano.
 
“O Santa Isabel agora se ilumina e se abre para mais um festival, fruto da coragem, da paciência e da resistência do poder municipal, do público e dos artistas, co-realizadores que são desta programação. Partilhamos responsabilidades e afetos para continuar essa história, que Reinaldo de Oliveira representa e conta tão bem”, celebrou Leda Alves.
 
Felicíssimo, o ator homenageado pela 20ª edição do Festival lembrou das muitas vidas que viveu em cima dos palcos e de sua estreia, naquele mesmo Santa Isabel, há 80 anos. “Tinha oito anos quando fiz minha primeira peça, O Pequeno Polegar, aqui nesta casa. Foi também aqui que meu filho Sérgio andou pela primeira vez. Essa homenagem, no fim das contas, confirma o teatro em minha vida e minha no teatro e comove demais meu combalido coração”, brincou o médico cirurgião, ator e herdeiro do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), uma das mais importantes e duradouras instituições do teatro pernambucano, fundada por seus pais: Valdemar e Diná de Oliveira.
Confira a programação completa do Festival, que segue em cartaz até o próximo dia 25.

 
 
20º Festival Recife do Teatro Nacional
 
PRETO
Companhia Brasileira de Teatro (PR)
Dias 18 e 19, às 20h
Local: Teatro de Santa Isabel
Duração: 80 minutos
Indicado para maiores de 14 anos
O espetáculo se articula a partir da fala pública de uma mulher negra, numa espécie de conferência sobre questões que incluem racismo, a realidade do povo de pele negra no Brasil hoje, o afeto e o diálogo, a maneira como lidamos com as diferenças e como cada um se vê numa sociedade marcada pela desigualdade.
Ficha Técnica
Direção: Marcio Abreu
Elenco: Cássia Damasceno, Felipe Soares, Grace Passô, Nadja Naira, Renata Sorrah e Rodrigo Bolzan
Músico: Felipe Storino
Dramaturgia: Marcio Abreu, Grace Passô e Nadja Naira
Iluminação: Nadja Naira
Cenografia: Marcelo Alvarenga
Trilha e Efeitos Sonoros: Felipe Storino
Direção de Produção: José Maria / NIA Teatro
Direção de Movimento: Marcia Rubin
Vídeos: Batman Zavarese e Bruna Lessa
Figurino: Ticiana Passos
Produção e realização: Companhia Brasileira de Teatro
Coprodução: HELLERAU - European Center for the Arts Dresden, Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt am Main, Théâtre de Choisy-le-Roi - Scène Conventionnée pour la Diversité Linguistique
Patrocínio: Petrobras e Governo Federal
 
WOYZECK – ZÉ NINGUÉM
Teatro Terceira Margem e Artistas Independentes (BA)
Dia 20, às 19h
Local: Teatro Hermilo Borba Filho
Duração: 90 minutos
Indicado para maiores de 14 anos
Investindo na estética do circo e show de horrores, o espetáculo Woyzeck-Zé Ninguém, cujo texto original é do dramaturgo alemão Buchner, propõe transportar o primeiro protagonista proletário da literatura alemã à realidade brasileira.  Baseada em fatos reais, a dramaturgia traz a história de um homem que, tomado como experimento por um médico, oprimido circunstancialmente pela sociedade, assassina a mulher amada sob imposição do automatismo. Com cortes abruptos e cenas ritmadas cinematograficamente, a adaptação é composta de elementos que reforçam a aproximação desta história com a realidade social e cultural brasileira. Canções de Gonzaguinha ajudam a compor a trajetória do protagonista, nesta que é considerada uma possível e universal situação dramática do homem comum. 
Ficha Técnica
Direção: Caio Rodrigo
Codireção: Guilherme Hunder
Texto original: Georg Buchner
Adaptação: Caio Rodrigo
Elenco: Felipe Viguini, Simone Brault, Wanderley Meira, Caio Rodrigo, Rui Manthur, Marcos Lopes e Elinas Nascimento
Produção: Raquel Bosi e Queila Queiroz
Direção musical: Elinas Nascimento
Trilha Sonora: Caio Rodrigo e Elinas Nascimento
Direção de movimento e coreografias: Mônica Nascimento
Cenário: Caio Rodrigo Figurinos: Guilherme Hunder
Iluminação: Pedro Dultra
Maquiagem: Guilherme Hunder
Realização: Teatro Terceira Margem e Artistas independentes
 
A MULHER MONSTRO
S.E.M. Cia de Teatro (RN/PE)
Dia 20, às 20h
Local: Teatro Barreto Júnior
Duração: 70 minutos
Indicado para maiores de 16 anos
A história se baseia no conto Creme de alface de Caio Fernando Abreu, escrito em plena ditadura militar, mas ainda tão atual. A tragicomédia fala da intolerância e do preconceito, parecendo tratar da atualidade política e social do Brasil, por meio da figura de uma burguesa perseguida pela própria visão intolerante da sociedade, que não sabe lidar com a solidão, nem com o próximo, num tempo de ódio e corrupções. Expõe as monstruosidades ditas e praticadas, trazendo à cena falas reais, denunciando expressões e atitudes radicalistas, fundamentalistas ou até mesmo segregacionistas do cotidiano.
Ficha Técnica
Direção, elenco e figurino: José Neto Barbosa
Dramaturgia: José Neto Barbosa, a partir de conto de Caio Fernando Abreu
Direção Musical: Mylena Sousa, Diógenes e José Neto Barbosa
Cenografia: José Neto Barbosa, Diego Alves e Anderson Oliveira
Luz: Sérgio Gurgel Filho e José Neto Barbosa
Produção: José Neto Barbosa, Diego Alves e Anderson Oliveira
Maquiagem: José Neto Barbosa e Diógenes
 
LIGAÇÕES PERIGOSAS
Teatro de Fronteira (PE)
Dia 21, às 20h
Local: Teatro Apolo
Duração: 70 minutos
Indicado para maiores de 16 anos
Um dos grupos de teatro mais atuantes do Recife estreia, a partir da obra de Chordelos de Laclos, seu mais novo espetáculo, dirigido por um dos encenadores mais importantes do país: João Denys Araújo Leite. A peça tem quatro vértices de um intrincado polígono amoroso-sexual-teatral. Em cena, os atores/personagens ensaiam e vivem suas peripécias e jogos emocionais.
Ficha Técnica
Direção: João Denys Araújo Leite
Elenco: Rafael Almeida e Rodrigo Dourado
Adaptação Dramatúrgica: Teatro de Fronteira
Figurinos, Adereços e Maquiagem: Marcondes Lima
Cenografia: João Denys Araújo Leite
Cenotécnica: Israel Marinho, Manuel Carlos e Rafael Almeida
Design e Execução de Luz: João Guilherme de Paula (Farol Ateliê da Luz)
Sonoplastia: João Denys Araújo Leite
Realização: Teatro de Fronteira
 
TEATRO LA INDEPENDENCIA
OCO Teatro Laboratório (BA)
Dias 21 e 22, às 20h
Local: Teatro Luiz Mendonça
Duração: 100 minutos
Indicado para maiores de 16 anos
O Teatro La Independencia está sendo vendido para um empreendimento e o grupo que reside nele terá que concordar em abandonar o espaço ou permitir que sejam relocados num outro. No meio disso, os atores estão ensaiando o novo espetáculo que fala sobre América Latina. O espetáculo transita entre a realidade que se impõe e as nossas utopias, sonhos, desejos, tendo a também utópica América Latina como cenário. O que é ser latino-americano? Vendemos ou não vendemos La Independência? Eis a questão! É um espetáculo para atravessar diversas sensações, uma sutura em uma ferida que se abre constantemente, transita pela dor de existir em um tempo de ruínas e pela  felicidade de - ainda neste tempo - persistir sonhando.
Ficha Técnica
Texto: Paulo Atto
Concepção e Direção: Luis Alonso
Direção Musical: Luciano Bahia
Elenco: Evelin Buchegger, Rafael Magalhães, Uerla Cardoso, Caio Rodrigo, Evana Jeyssan e Daniel Farias
Figurinos e Adereços: Agamenon Abreu
Cenário: Luis Alonso
Cenotécnica: Agnaldo Queiroz
Iluminação: Rita Lago
Produção: Rafael Magalhães
Realização: Oco Teatro Laboratório
 
O QUE SÓ PASSARINHO ENTENDE
Cia Cobaia Cênica (SC)
Dia 22, às 20h
Local: Teatro de Santa Isabel
Duração: 70 minutos
Livre para todos os públicos
No espetáculo solo, o ator pernambucano Samuel Paes de Luna conta a história de uma personagem que vive no Vale do Jequitinhonha, no interior do estado de Minas Gerais, mesclando a vida real com memórias de sua própria história em sua terra natal. De maneira lúdica e poética, defende que o real valor e beleza de sua existência estão no conhecimento empírico, diretamente ligado à natureza.
Ficha Técnica
Direção: Thiago Becker
Texto: Agatha Duarte
Conto Totonha: Marcelino Freire
Atuação: Samuel Paes de Luna
Trilha: Rodrigo Fronza
Produção: Cia Cobaia Cênica
 
PRÓXIMA
Cira Ramos (PE)
Dia 23, às 19h
Local: Teatro Hermilo Borba Filho
Duração: 60 minutos
Indicado para maiores de 14 anos
O espetáculo solo sugere um umbral, onde o tempo é inexorável, para próximas etapas e  próximos desafios na vida extenuante da mulher contemporânea. Pressionada por todos os lados, numa espiral de sentimentos, travando batalhas com as memórias, dúvidas e incertezas, ora nos faz rir, ora nos incomoda, quando espelho, mas, sobretudo, nos faz refletir sobre o lugar que queremos ocupar como artista, como mulher, como ser humano.
Ficha Técnica
Texto e Atuação: Cira Ramos
Encenação: Sandra Possani
Assistente de Direção: Marcelino Dias
Direção de Arte: Séphora Silva
Direção Musical e Sonoplastia: Fernando Lobo
Designer de Luz e Operação: Dado Sodi
Operação de sonoplastia e de projeção: Júnior Melo
Atriz/Contrarregra/guitarra: Amanda Spacca
Realização: Cira Ramos
 
EM NOME DO DESEJO
Galharufas Produções (PE)
Dia 23, às 19h
Local: Teatro Barreto Júnior
Duração: 100 minutos
Indicado para maiores de 16 anos
No meio de uma séria crise pessoal, um homem de meia idade volta para o antigo seminário onde estudara. Recorda-se do momento mais crucial de sua adolescência, trinta anos atrás, quando viveu o grande amor de sua vida. Mescla os planos do passado e do presente, que se interpenetram, com o personagem já maduro invadindo a cena e até dialogando com o adolescente, em suas lembranças. Num terceiro plano, a figura da mística Santa Teresa de Ávila comenta e impulsiona a cena, com seus poemas de amor.
Ficha Técnica
Texto: João Silvério Trevisan
Adaptação do Romance: Antonio Cadengue e João Silvério Trevisan
Elenco: Taveira Júnior, Edinaldo Ribeiro, Miguel Taveira, Vinicius Barros, Paulo de Pontes, Angelis Nardelli, Tarcísio Vieira, Raul Lima, Adilson Di Carvalho, Ryan Leivas, Rafael de Melo, Gil Paz, Dado Santana, José Lucas, Alexandre Augusto
Encenação e Direção Geral: Antonio Cadengue
Trilha Sonora: Antonio Cadengue
Direção de Arte: Manuel Carlos de Araújo
Iluminação: Augusto Tiburtius
Figurinos e Adereços: Manuel Carlos
Direção Musical: Samuel Lira
Coreografias, Movimentos e Preparação Corporal: Paulo Henrique Ferreira
Cenotécnica: Luiz Mário Veríssimo e Gaguinho
Cenários: Helena Beltrão
Figurinos: Maria Lima
Produção Executiva: Taveira Junior
Realização: Galharufas Produções
 
A GAIOLA
Camaleão Produções Culturais (RJ)
Dias 24 e 25, às 16h30
Local: Teatro de Santa Isabel
Duração: 50 minutos
Indicado para maiores de 12 anos
Baseado no livro infantil de mesmo nome e indicado ao Prêmio Jabuti, no ano de 2014, trata-se de um espetáculo musical inédito, adaptado pela própria Adriana Falcão em parceria com Eduardo Rios, dirigido por Duda Maia, e estrelado pelos atores-cantores Carol Futuro e Pablo Áscoli. Conta a história de um passarinho que cai na varanda de uma menina, e enquanto ela cuida dele, os dois se apaixonam. Quando o passarinho fica curado e eles têm que se despedir, ela resolve aprisioná-lo em uma gaiola. É um espetáculo rico em humor e poesia, que trata de amor, amizade e liberdade.
Ficha Técnica
Adaptação: Adriana Falcão e Eduardo Rios
Direção e Roteiro: Duda Maia
Elenco: Carol Futuro e Pablo Áscoli
Direção Musical e Trilha Original: Ricco Viana
Cenário: João Modé
Iluminação: Renato Machado
Figurino: Flávio Souza
Direção de Produção: Bruno Mariozz
Produção: Palavra Z Produções Culturais
Produção Recife: Iris Macedo (Fervo Projetos)
Idealização: Camaleão Produções Culturais
 
ESPERA O OUTONO, ALICE
Amaré Grupo de Teatro (PE)
Dia 24, às 19h
Local: Teatro Apolo
Duração: 60 minutos
Indicado para maiores de 14 anos
É uma reflexão sobre as perdas que temos ao longo da vida, as mortes, as saudades, mas também sobre a pulsão de viver que nos habita. No elenco, os atores se revezam em vários personagens e trazem fragmentos não-lineares da vida de Alice, uma garota com vida comum, que decide tomar uma decisão extrema, mudando o rumo de sua vida.
Ficha Técnica
Texto: Analice Croccia, Quiercles Santana e AMARÉ Grupo de Teatro, com trechos de Marla de Queiroz, Pedro Bomba, Carl Sagan, Felipe André
Encenação: Analice Croccia e Quiercles Santana
Elenco: Paulo César Freire, Isabelle Barros, Bruna Justino e Natali Assunção
Iluminação: Natalie Revorêdo
Figurino e Cenografia: Micheli Arantes e Analice Croccia
Narração: Paulo César Freire, Íris Campos e Paulo de Pontes
Pesquisa Musical, produção e realização: AMARÉ Grupo de Teatro
 
LTDA
Coletivo Ponto Zero (RJ)
Dias 24 e 25, às 20h
Local: Teatro Luiz Mendonça
Duração: 60 minutos
Indicado para maiores de 14 anos
Em um edifício empresarial, uma agência que produz e divulga fake news está à beira de um colapso. A peça busca lançar um olhar sobre a condição humana em tempos de pós-verdade e pós-ética.
Ficha Técnica
Dramaturgia: Diogo Liberano
Direção: Debora Lamm
Elenco: Brisa Rodrigues, Brunna Scavuzzi, Leandro Soares, Lucas Lacerda e Orlando Caldeira Atriz Stand-in: Mônica Bittencourt
Direção de Produção: Lucas Lacerda
Direção de Movimento: Denise Stutz
Direção Musical: Marcello H
Figurino: Ticiana Passos
Visagismo: Josef Chasilew
Desenho de Luz: Ana Luzia de Simoni
Cenário: Debora Lamm
Realização: Coletivo Ponto Zero
 
PRO(FÉ)TA – O BISPO DO POVO
Coletivo Grão Comum (PE)
Dia 25, às 19h
Local: Teatro Hermilo Borba Filho
Duração: 50 minutos
Livre para todos os públicos
Finalizando o ciclo da pesquisa do Coletivo Grão Comum intitulada Trilogia Vermelha, a encenação começa com a notícia do sequestro e assassinato do padre Henrique, em 1969, recordando o martírio dos corpos trucidados pela Ditadura e, até mesmo, da realidade do povo indigente sobrevivendo na lama do Recife, e, como testemunhou o evangelho, a miséria e suplício do próprio Cristo. A peça mobiliza um cortejo pelas ruas da cidade, conduzindo os espectadores rumo ao teatro, para o sepultamento do corpo trucidado, denunciando a violência que nos aflige ainda hoje, que ainda é ferida aberta, sempre injusta e desumana. A obra celebra o aclamado bispo Dom Hélder Câmara pedindo silêncio e paz, evocando reza forte, questionando a crença e a dimensão da fé guardada nos nossos corações dilacerados de desilusão.
Ficha Técnica
Pesquisa dramatúrgica, encenação e iluminação: Júnior Aguiar
Elenco: Daniel Barros, Júnior Aguiar e Márcio Fecher
Música Original: Geraldo Maia (com Paulo Marcondes, Rodrigo Samico, Públius, Hugo Linnis e Amarelo)
Operação de Áudio e Luz: Felipe Hellslaught
Idealização: Coletivo Grão Comum
Produção Geral : Coletivo Grão Comum, Cen@ff e Gota Serena