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Obra do russo Tchaikovsky ganhou bela apresentação da Orquestra Sinfônica com o Ballet Cidade do Recife

O Parque Dona Lindu foi cenário para música erudita no início da noite do último domingo (18). Desta vez, além da Orquestra Sinfônica do Recife, o palco do Teatro Luiz Mendonça contou com o Ballet da Cidade do Recife, numa união inédita preparada especialmente para o Ciclo Natalino. Juntos, orquestra e balé fizeram uma bela apresentação do clássico natalino “O Quebra Nozes”, encantando o enorme público presente. Muitas famílias acompanharam o espetáculo apresentado gratuitamente, a partir das 18h, com o palco aberto para o pátio. A estimativa é que seis mil pessoas tenham assistido a apresentação ao ar livre. O evento integrou a programação do Ciclo Natalino, realizado pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife.

“Estreamos com o pé direito a programação de Natal aqui no Parque Dona Lindu com talvez um recorde de público. Isso nos mostra a força da música erudita e do balé que agradam público de todas as idades”, afirmou o secretaria de Cultura do Recife, Renato L, que acompanhou a programação ao lado do chefe de Gabinete do Prefeito, Félix Valente, e da coordenadora do Parque Dona Lindu, Simone Figueiredo.

É importante destacar que a apresentação de um balé com música executada ao vivo por orquestra não acontecia no Recife há cerca de 40 anos. Geralmente, as companhias de dança têm se apresentado na cidade com música gravada. Para contextualizar o público sobre a obra que seria apresentada, o professor e dramaturgo Moisés Neto falou um pouco sobre o autor, o russo Tchaikovsky (1840 – 1893), responsável também pela criação dos balés “O Lago dos Cisnes” e “A Bela Adormecida”, e contou a história do primeiro ato do “O Quebra Nozes”.
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Com regência do maestro Osman Giuseppe Gioia, o espetáculo teve início com a OSR sozinha no palco executando a abertura do balé natalino. Em seguida, o Ballet Cidade do Recife entrou em cena para apresentar o segundo ato da história da menina sonhadora Clara, que ganha como presente de Natal do seu padrinho, um velho mágico, um boneco em forma de “Quebra-Nozes”.

Os grandes momentos da noite foram a famosa “Valsa das Flores” com 12 bailarinas em cena e o pas-de-deux da “Fada Açucarada” com o “Príncipe do Açúcar”, muito aplaudidos pela plateia. “Achei o espetáculo ótimo. Muito lindo. Eu só conhecia o Parque pela manhã. Foi a primeira vez que assisti a um espetáculo no palco do teatro”, afirmou Celina Pereira, 71 anos, acompanha da sua filha, do genro e dois netos crianças.

A primeira bailarina do Ballet do Cidade do Recife, Juliana Siqueira, 31 anos, que interpretou a “Fada Açucarada”, também se emocionou ao dançar com música ao vivo. “Não é todo dia que a gente tem esta oportunidade de se apresentar com uma orquestra. Já fiz apresentação de pequenos trechos com orquestra, mas nunca de um ato completo de um balé como hoje. Para o público, com certeza, esta apresentação foi um presente”, destacou a bailarina no camarim, logo após o espetáculo.

No segundo ato do balé, Clara e o Quebra-Nozes, interpretados pelos talentosos bailarinos pernambucanos, Luanna Gondim, de 13 anos, e Alexander Kaden, 14 anos, chegam ao Reino dos Doces. Recebidos pela Fada Açucarada e o Príncipe do Açúcar (Juliana Siqueira e Luiz Ruben Gonzáles), a dupla acompanha as danças espanhola, árabe, chinesa e russa.

A montagem pernambucana do famoso balé, com coreografia original de Marius Petipa (1818-1910), foi ensaiada por dois meses pelo Ballet Cidade do Recife, sob a orientação de Eduardo Freire, Isabel Ferreira e Thereza Rachel Freitas, com direção de Fátima Freitas. A encenação contou com 31 bailarinos, selecionados entre diversas companhias e escolas de dança como o projeto Ária Social, Carollemos Dançarte, Studio de Danças, Balé Cláudia São Bento, Balé Gonzáles e Academia Fátima Freitas, e corpo de baile formado por 12 crianças, que interpretaram os anjinhos.