Prefeitura celebra o combate ao racismo com reunião e lançamento de revista
Para comemorar o 21 de março, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, a Prefeitura do Recife promove, às 9h desta quarta (21), debates sobre o racismo institucional e o lançamento da edição 2012 da Revista Lilás, que tem prefácio de apresentação assinado pelo prefeito João da Costa. Promovidas pela Secretaria da Mulher e de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, as atividades acontecerão na sala de reuniões da Secretaria de Controle e Desenvolvimento Urbano e Obras, no 12º da sede da Prefeitura do Recife (Cais do Apolo, 925 – Bairro do Recife).
Com tiragem de dois mil exemplares, e financiada com recursos municipais e da Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, a Revista Lilás foi proposta durante a 5ª Conferência Municipal da Mulher referente à produção do conhecimento sobre as negras moradoras do Recife. “Todos os anos a gestão produz esse documento sobre essas pessoas que residem em várias comunidades situadas nas seis Regiões Político Administrativas (RPA’s) da cidade”, disse a Secretária Especial da Mulher, Rejane Pereira.
A obra é composta por depoimentos de conhecidas militantes feministas, como as mestras em educação da Universidade Federal de Pernambuco, Claudilene Silva e Fátima Oliveira, e a Doutora em História pela Universidade Nacional de Brasília (UNB) Marta Rosa. Também contribuíram com depoimentos sobre o racismo institucional Ana Paula Maravalho e Rebeca Oliveira, da ONG Observatório Negro.
As atividades desta quarta-feira (21) também são apoiadas pelas secretarias municipais de Assistência Social, Cultura, Saúde, Meio Ambiente, Educação Esporte e Lazer, Assuntos Jurídicos e Ciência Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Gestão e Planejamento.
História – O 21 de março foi instituído pela Organizações das Nações Unidas (ONU) como Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória do Massacre de Shaperville, ocorrido em 21 de março de 1960 na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Naquela data, 20 mil pessoas protestavam contra a lei do passe que obrigava a população de etnia negra a portar cartões de identificação especificando os locais por onde eles podiam circular. Mesmo sendo pacífica, a manifestação foi combatida por soldados do exército que atiraram contra multidão resultando em 186 feridos.