Prefeitura lança projeto de convivência da Pessoa Idosa
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a integração social das pessoas idosas é um dos principais enfoques para um envelhecimento satisfatório ativo, e para estimular essas relações, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas, por meio da Gerência da Pessoa Idosa, lançou nesta quarta-feira (20) o Projeto “A Convivência que Protege”. Pretende-se iniciar uma série de atividades para estimular a participação das pessoas idosas em Grupos de Convivência. O lançamento foi realizado no Auditório Capiba, 15º andar, localizado no edifício-sede da Prefeitura, no bairro do Recife.
A gerente da Pessoa Idosa, Cacilda Medeiros, destaca que a campanha, além de estimular a participação das pessoas idosas em Grupos de Convivência, pretende incentivar a criação de novos grupos, como também, fortalecê-los, oferecendo ações que atendam às necessidades dos grupos de convivência. "Esperamos reunir nesse dia, idosos que já estão integrados em grupos e também convocar novas pessoas para agregarem", diz Cacilda. Ela ainda acrescenta que os Grupos de Convivência, destinados às Pessoas Idosas independentes e autônomas, têm sido uma alternativa estimulada em todo o Brasil e no mundo.
Alguns idosos precisam ser incentivados a participarem dos grupos de convivência em virtude do benefício que fazem a eles. Cacilda explica que são muitos os motivos que levam o idoso a permanecer em grupos de convivência, como sentimento de pertencimento, interesse nas atividades oferecidas pelo grupo, criação de novas amizades e melhoria na sua saúde física e mental são alguns deles.
A secretaria-executiva de Direitos Humanos, Elizabete Godinho, ressaltou a importância de política pública voltada para a pessoa idosa, que no município é fortalecida a cada dia. "A política pública precisa de investimentos para garantir condições de espaço, visibilidade para esse segmento e o município está sempre buscando soluções para dar condições de envelhecimento de forma digna e empoderar os grupos de convivência", destacou.
Os grupos buscam favorecer as pessoas idosas não apenas para promover maior qualidade de vida na longevidade, mas também fomentar a felicidade e satisfação pessoal. Nesses grupos são realizadas atividades que contribuem com o processo de envelhecimento ativo, com o desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, e ainda com o fortalecimento do convívio comunitário e familiar.
"Na participação em grupos de convivência, as pessoas idosas são movidas a compartilharem suas angústias, tristezas, amores, alegrias, afetos, saberes, reduzem sentimentos como medo, insegurança e depressão, doam e recebem afeto, conversam com os amigos e trocam experiências de vida", disse Cacilda.
Ela ainda aponta que as atividades sociais e culturais oferecidas nesses locais propiciam o encontro, a relação, a participação e a ocupação do tempo livre das pessoas idosas, contribuindo efetivamente na redução das violências sofridas pelo segmento. "Fazer parte de um grupo de convivência é uma conquista, é a oportunidade de sair da solidão, conviver com pessoas da mesma idade e buscar atividades com a finalidade de dar sentido à vida", afirma.
Alguns idosos confessam que um dos empecilhos que desmotivam a procura por Grupos de Convivência é a ausência de companhia para a realização da atividade, de recurso financeiro para custeá-la, de motivação para alterar a confortável rotina, e a ideia de que há experiências de lazer inadequadas para a idade avançada. Cacilda relaciona no Recife diversos locais onde é possível encontrar atividades voltadas para esse grupo e de forma gratuita, como Compaz, Academias da Cidade as próprias ações da Gerência da Pessoa Idosa voltadas para esse segmento.Atualmente existem cerca de 70 grupos de convivência no Recife.
Ainda constou na programação uma homenagem a Severina Paiva de Santana, 86 anos, coordenadora mais idosa em atividade. Ela está há mais de 10 anos coordenando o Grupo União dos Idosos do Morro da Conceição. Também foram registrados depoimentos da coordenadora de grupo de convivência do Alto Santa Terezinha, Marta Maria de Lima Silva, e da integrante Elpídia Fernandes de Almeida, do Núcleo de Articulação e Atenção Integral à Saúde e Cidadania do Idoso, do Hospital Universitário Osvaldo Cruz