Secretaria de Segurança Cidadã

NOTÍCIAS

Segurança Cidadã | 20.07.16 - 20h12

Educação social através da arte

img_alt

Compaz sedia oficinas de dança e percussão com professores africanos até final de agosto (Foto: Inaldo Lins/PCR)

 

Para quem gosta de dança e percussão, o Compaz Governador Eduardo Campos oferece de hoje até o final de agosto aulas gratuitas. As modalidades são ensinadas por dois professores africanos, através do projeto "Pé no chão, cabeça no Futuro", da ONG pernambucana Pé no Chão, que trabalha com crianças e jovens da periferia do Recife.

A articulação dad atividades deu-se por intermédio de Anderson Oliveira, mais conhecido como DJ Big, responsável por ações culturais no Compaz . "Eu conheço essa turma há anos. Eles desenvolvem um trabalho muito expressivo junto aos adolescentes. Levam arte a quem não tem acesso. Assim que soube da chegada dos artistas africanos, entrei em contato e conseguimos fechar uma agenda para trazer essa oportunidade aqui para o Alto Santa Terezinha e vizinhança", contou. 

Luca Lombardi é educador social do Pé no Chão disse que o projeto em vigor tem apoio da fundação italiana Alta Mane desde 2010. "Trabalhamos a dança e a música como ferramenta pedagógica de resgate da identidade afro brasileira. Assim, por onde passamos, os meninos usufruem da arte", explicou o italiano.

Para o professor de dança Karim Kanoté o sentimento de ensinar às crianças recifenses é de prazer e intercâmbio de conhecimento. "A expressão corporal não precisa de fala. A nossa cultura é misturada. Fico muito feliz em transmitir isso", disse o africano que já domina várias palavras em Português e que ficou encantado com a estrutura do Compaz. "Na África também ensino num espaço aberto e na rua. A pessoa que passa vem olhar e acaba havendo uma possibilidade de troca", analisa.

As aulas acontecem todas as quartas e sextas até agosto, na Praça de Eventos do Compaz, das 14h às 17h. Na sexta (22), haverá uma apresentação de boas vindas para todos.

CULTURA FAMILIAR -  Karim e Abou Konaté fazem parte de uma grande família Griot em Burkina Faso, ao noroeste da África. Os Griot são contadores de historias, jornalistas, músicos, percussionistas, uma família inteira envolvida em todo o trabalho de comunicação, conhecimento e da tradição dentro da realidade de Burkina Faso. Os Griot são chamados em momentos celebrativos como batizados e casamentos, rituais tradicionais animistas, mas sobre tudo são chamados sobretudo pra acalmar conflitos entre famílias e comunidades rivais.